IRMÃOS REBOUÇAS DÃO LIBERDADE A SUA ESCRAVA ANTONIA EM HOMENAGEM A LIBERTAÇÃO DA PÁTRIA


Carta de Liberdade da Cabra Antonia

Nós, Antonio, José, e Manoel Maurício Rebouças desejando darmos um testemunho verdadeiro do jubilo, que temos pela Restauração da nossa Pátria, e [comum] reunião da nossa Família, e persuadidos de que nenhum outro nosso parente que a restauração que de uma criatura a liberdade, que a Natureza lhe deve ter conferido de agora em diante libertamos e havemos por liberto a nossa cria Antonia cabrinha, que ficará em nossa companhia enquanto não tiver idade para se reger e ao depois ficará a sua escolha a acompanhar a um de nós. Bahia, 27 de Dezembro de 1833 = Antonio Pereira Rebouças, José Pereira Rebouças e Manoel Maurício Rebouças = Reconheço verdadeiras a Letra e firmas retro. Bahia, 25 de Janeiro de 1830, Em testemunho de verdade estava o sinal público. Antonio Lopes de Miranda. Ao Tabelião Miranda. Bahia, 25 de Janeiro de 1830. Simões. Fica Lançada a folhas 33 do Livro atual de Notas. Bahia, 25 de Janeiro 1830. Miranda. Está conforme confere subscrevi, concertei e assinei na Bahia, 11 de Maio de 1835. Eu Antonio Lopes de Miranda, Tabelião que a subscrevi.
Antonio Lopes de Miranda.    


FONTE: APEB, Seção Judiciária, Livro de Notas 245, pp. 210v-211. 

8º Encontro de Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional


Estão abertas as inscrições para o próximo 8º Encontro de Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional. Ele ocorrerá dias 24, 25, 26 e 27 de maio de 2017 em Porto Alegre. Acesse a página e faça sua inscrição:

A inscrição de trabalhos terá duas modalidades:

Comunicação oral de resultados de pesquisa realizados, no mínimo, em nível de mestrado, estando o proponente cursando o segundo ano. Inscrição mediante envio de resumo ampliado (400 palavras) e de currículo resumido. O texto completo dos trabalhos selecionados deverá ser enviado trinta dias após o aceite da inscrição para inclusão no programa e circulação prévia. Apenas a entrega do texto garante a inscrição final sendo, portanto, obrigatória.

Apresentação de poster de resultados de pesquisa de IC ou graduação ou, ainda, projetos em andamento. Inscrição mediante envio de resumo ampliado (400 palavras) e de currículo resumido.

Inscrições para apresentação de trabalhos e de pôsteres através do envio de resumo e currículo. Acesse na pagina: sobre/submissões online.
Os conferencistas serão Jean Hébrard e Roquinaldo Ferreira. A programação completa do evento será divulgada posteriormente.

Cronograma:

Envio de propostas de comunicação ou Posters: até dia 20/01/2017
Divulgação dos trabalhos aceitos: 05/02/2017.
Envio dos textos completos e pagamento da taxa de inscrição pelos apresentadores de comunicação com trabalhos aceitos: até dia 05/03/2017
Pagamento da taxa de inscrição pelos apresentadores de banners que tiveram seus trabalhos aceitos: até dia 05/03/2017.

Inscrição de ouvintes: 24/04 a 24/05/2017 ou até que se esgotem as vagas.

Após 181 anos da Revolta dos Malês, Luiza Mahin será a primeira a ser julgada em júri popular


Resgate de direitos, releitura de histórias e reflexão sobre o presente. Depois de 181 anos da Revolta dos Malês, a Defensoria Pública do Estado da Bahia - DPE/BA lança a série Júri simulado - releitura do Direito na História, com a proposta de garantir o resgate dos direitos de personagens da história popular que, à época, não puderam exercer a prerrogativa de todo acusado: o contraditório e a ampla defesa efetiva. O primeiro evento terá como destaque Luiza Mahin, que será levada a júri popular, precedendo uma série de julgamentos de personagens históricos tanto para a Bahia e quanto para o Brasil. O júri acontecerá no auditório da Uneb, bairro do Cabula, Salvador, no dia 23 de novembro, às 8h30. Os jurados serão sorteados entre os presentes.

O Brasil, em especial o movimento negro brasileiro, sabe que Luiza Mahin - mãe do poeta e abolicionista Luiz Gama - conseguiu comprar a própria liberdade e lutou contra a escravidão. Se a história tradicional não conta detalhes da repressão sofrida por Luíza Mahin, a Defensoria Pública do Estado da Bahia - DPE/BA decidiu destacar a sua história e garantir a sua defesa. Através dos júris simulados, que começarão julgando Luíza Mahin por seu envolvimento na Revolta dos Malês, 18 décadas depois do levante dos escravos muçulmanos, a Defensoria Pública quer promover a educação em direitos, fazer uma releitura de histórias e estimular a reflexão sobre o Direito e a Democracia no presente.

O julgamento simulado de Luiza Mahin acontecerá três dias após o Dia da Consciência Negra (20 de novembro), como parte das atividades desenvolvidas pela Defensoria em homenagem ao Novembro Negro. Na ocasião, defensores públicos irão representar os papéis do juiz (Maurício Saporito), da acusação (Soraia Ramos) e da defesa (Raul Palmeira). Já Luiza Mahin terá sua voz representada pela atriz Valdineia Soriano, do Bando de Teatro Olodum. Os jurados serão o povo baiano. Ao final do julgamento, palestra da educadora, militante do movimento negro e secretária de política para as mulheres, Olívia Santana, contextualizará a história de Luíza Mahin e da Revolta dos Malês.

A série Júri simulado - releitura do Direito na História é um projeto dos defensores públicos Rafson Ximenes - subdefensor público geral do Estado, Raul Palmeira - que durante muitos anos atuou no Júri, e Eva Rodrigues - subcoordenadora da Especializada de Direitos Humanos.
ACESSE: 
SERVIÇO
O QUE - Júri simulado - releitura do Direito na História, com Julgamento de Luíza Mahin pelo envolvimento na Revolta dos Malês.
QUANDO - 23 DE NOVEMBRO DE 2016 - 8h30
ONDE - Auditório da Uneb - Cabula
QUEM - DEFENSORIA PÚBLICA