Museu do Alto Sertão da Bahia (MASB)


Sobre o MASB:
Em 2011, a notícia de que pesquisas arqueológicas estavam sendo realizadas no alto sertão da Bahia e de que todo acervo encontrado havia sido destinado para Ilhéus/BA, motivou representantes de diversos setores da cidade de Caetité em prol da construção do Museu do Alto Sertão da Bahia (MASB), não só como instituição que pudesse abrigar o referido acervo arqueológico (que hoje já ultrapassa mais de 50 mil peças), como também atuar a favor da preservação patrimonial, associada à ideia de sustentabilidade e, assim, promover a valorização histórica e o fortalecimento das memórias e identidades da população alto sertaneja. Sendo um museu de território, que nasceu de uma demanda comunitária, hoje o MASB possui dez núcleos museológicos espalhados entre áreas urbanas e rurais dos municípios de sua abrangência até o presente momento: Caetité, Guanambi e Igaporã. 



O MASB está sediado em Caetité, na Casa da Chácara, uma antiga propriedade rural da primeira metade do século XIX, preservada desde a década de 1960 pelo Sr. Deoclídes Pereira de Aguiar e sua família, últimos moradores do imóvel que, de comum acordo, cederem-no ao MASB objetivando uma maior garantia da sua preservação. Atualmente o imóvel está em processo de restauro e conservação, contudo, o MASB, enquanto museu de território, já atua em outras frentes de trabalho no alto sertão baiano.

VI EIHC - ENCONTRO INTERNACIONAL DE HISTÓRIA COLONIAL



Com o tema Mundos coloniais comparados: poderes, fronteiras e identidades, o VI EIHC celebra seu décimo ano de existência, na cidade de Salvador, promovido pelas Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e Universidade Católica do Salvador (UCSal) – primeira instituição privada a dar assento ao EIHC. O mesmo padrão de qualidade das edições anteriores será mantido ao reunir experts de vários campos da história colonial em conferências, mesas-redondas e simpósios temáticos, além do lançamento de obras publicadas recentes. Desta vez, o encontro conta com mais um espaço, o “Bate-papo com o(a) historiador(a)”, cujo objetivo é aproximar o leitor da trajetória intelectual de consagrados historiadores e historiadoras. Todos(as) os(as) pesquisadores(as), professores(as), estudantes e amantes da História Colonial, e áreas afins, estão convidados(as) a tomar parte nesse grande evento, que ocorrerá, nas dependências do campus da Federação da UCSal, entre os dias 12 e 15 de setembro de 2016.
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Revista Bahia com História - Inovação, tecnologias e novas abordagens no ensino e aprendizado da História

Por Thiago Souza 
Quando o professor de História, Urano Andrade, criou o blog Pesquisando a História, em 2009, ele tinha em mente dois objetivos: divulgar suas próprias pesquisas e democratizar o acesso a documentações históricas. Para tanto, ele disponibilizou centenas de documentos que versam sobre o Brasil colonial e imperial. A variedade de arquivos engloba desde relatórios, autos e lista de medicamentos, até – literalmente – receita de bolo do século XIX. Ao longo destes seis anos no ar, o blog do professor Urano já foi visitado por quase 480 mil pessoas.

A estatística mostra a força que a internet possui nos dias atuais como fonte de informação e conhecimento da História, além de ser uma eficaz ferramenta de interação entre pesquisadores que buscam conteúdos específicos. No que se refere ao campo da aprendizagem e educação, seja nas tradicionais disciplinas escolares ou acadêmicas, a potencialidade da internet permite acesso a incontáveis bancos de dados que podem favorecer a absorção do ensino.

Tecnologia – A entrada das novas tecnologias facilita a criação de projetos pedagógicos, trocas interindividuais e comunicação à distância, redefinindo o relacionamento estabelecido entre aluno e professor. No entanto, o uso dessas ferramentas em instituições de ensino espalhadas pelo país ainda é um desafio para muitos professores. As dificuldades na utilização das tecnologias educacionais são diversas, podendo ser em relação à falta de recursos tecnológicos de profissionais qualificados ou da reestruturação de políticas educacionais.
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Biblioteca portuguesa de Belém pede apoio

Historiadora Leonor Rendeiro, recupera manuscrito da Biblioteca Fran Paxeco
Gabriela de Azevedo, Estado de São Paulo. 
Mais de 400 volumes de obras raras. Difíceis de encontrar em qualquer lugar do mundo. Livros do século 16, escritos em latim. Religião, história e cultura em milhões de páginas prensadas em papel de trapo. Vieram da Europa há mais de 100 anos, relíquias trazidas por portugueses que se estabeleceram em Belém do Grão-Pará, hoje a capital paraense, Belém.
A cidade abriga a biblioteca Fran Paxeco, patrimônio do Grêmio Literário Recreativo Português (GLRP), um clube local criado por imigrantes portugueses há 148 anos. Ao todo, são aproximadamente 35 mil itens entre periódicos, livros e manuscritos. É possível encontrar várias edições da Bíblia, um livro de Maquiavel e a coleção mais completa do mundo das obras de Camilo Castelo Branco, que inclui a primeira edição do clássico Amor de Perdição.
Para a bibliotecária Nazaré Góes, trabalhar rodeada desses títulos é uma viagem no tempo. "Estou há 23 anos aqui e tudo me remete ao passado. Infelizmente, desde que entrei obras já se perderam, mas o que temos hoje é um tesouro. Aqui sei que consigo um mundo de informações que podem ajudar muita gente. Recebemos pessoas de outros países, vez ou outra, para fazer pesquisas. Eles conhecem mais esse lugar do que quem mora aqui", comenta.
Mas cuidar dos valorosos livros dá bastante trabalho e há três meses Nazaré ganhou o reforço da bibliotecária Ellen Rodrigues. "Quando entrei me encantei, não fazia ideia do quanto de história temos guardado. Os mais antigos em latim ainda, com temas religiosos. Muitos livros encadernados juntos. Já achei 16 livros em um volume só. Os manuscritos também são incríveis, são correspondências entre a população daqui e o governo português, no tempo do Brasil Colônia, que falam já do medo da nossa famosa Revolução Cabana", conta.
Há um livro chamado Philia, de 1528, todo escrito em latim, que não foi encontrado em nenhuma das pesquisas bibliográficas realizadas pelas bibliotecárias, e a probabilidade de ser único no mundo é grande.
Mas, para guardar tantas raridades, é preciso investimento. "É o que estamos buscando hoje, apoio para garantir que essas obras sejam restauradas. Adequar essa biblioteca requer um alto investimento, mas é necessário porque resgatar essa biblioteca é resgatar a cultura portuguesa e brasileira também. Isso significa um resgate histórico e cultural", afirma o presidente da Diretoria Executiva do GLRP, Mário Paiva.
A biblioteca é o terceiro mais antigo gabinete de leitura portuguesa do Brasil. Antes dele foram abertos um no Rio e outro na Bahia. Atualmente, a Associação dos Amigos dos Arquivos Públicos do Pará (Arquipep) faz um trabalho inicial de conservação. "Já há um projeto para buscar o selo da Lei Rouanet no Ministério da Cultura, que estamos aguardando aprovação. Ele é para conseguirmos incentivo financeiro e recuperar as obras raras, a Coleção Camiliana e alguns periódicos. Além de recuperar, faremos conservação, acondicionamento, climatização, digitalização e proporcionaremos o acesso do material online. Mas de fato a biblioteca inteira é um tesouro que precisa de cuidados", explica a diretora executiva da Arquipep, especialista em preservação de patrimônio, Ethel Valentina Soares.
A historiadora da associação, Loren Rendeiro, vem trabalhando no restauro de alguns manuscritos. "Estamos trabalhando ainda apenas com os manuscritos. Naquela época se escrevia com uma tinta metaloácida, que com o tempo entra em oxidação, enferruja mesmo. É um trabalho cuidadoso, que leva tempo. Algumas páginas foram destruídas por insetos e então precisamos fazer nivelamento, preenchimento com papel japonês para dar sustentação. É um serviço muito bonito de recuperação da história que não podemos deixar de lado, a nossa", diz.

O projeto custa cerca de R$ 2,8 milhões e tem previsão para ser executado em três anos e meio. "O acervo dessa biblioteca é valioso, existe um livro aqui que eu considero inestimável, mas não revelo o nome. Temos uma parte interessantíssima da História do Brasil em nossas mãos, livros portuários, registros da entrada dos judeus marroquinos, livros do berço das artes gráficas, encadernações raras, cartas, jornais, revistas. Tudo precisa ser muito bem conservado para não deixarmos o tempo destruir esses bens. Aliás, o tempo tem sido generoso por manter ainda em bom estado a maioria dessas obras", completa Ethel.
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TRÁFICO DE ESCRAVOS E ESCRAVIDÃO NA BAHIA NO SÉCULO XIX - JOÃO JOSÉ REIS

“Tráfico de Escravos e Escravidão na Bahia no século XIX” é o tema da palestra que será pronunciada pelo professor doutor João José Reis (Ufba), no dia 13 de outubro, terça-feira, às 18h, no Palacete das Artes (equipamento vinculado ao IPAC/SecultBA). 
O premiado autor de “A morte é uma festa” e “O Alufá Rufino: tráfico, escravidão e liberdade no Atlântico negro” fará um apanhado a respeito do tráfico transatlântico de escravos e da escravidão na Bahia, com ênfase no século XIX, quando serão discutidos temas como número dos africanos traficados, trabalho, relações senhor-escravo, alforria e resistência escrava.

O evento integra o projeto #MusEuCurto #MusEuCurtoArte, de dinamização artística de museus, realizado pelo Instituto do Patrimônio Artístico Cultural (IPAC) e Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), unidades da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA).
Esta será a quinta ação de desdobramento da exposição Bahia é África Também – Coleção Claudio Masella (recorte do acervo pertencente ao Solar Ferrão/Dimus), no Palacete das Artes. Além da itinerância de um segmento da coleção, a FUNCEB vem buscando despertar a atenção do público para a relação entre o acervo com matriz africana e linguagens artísticas desenvolvidas por agentes culturais da Bahia.

O primeiro encontro, no dia 29 de agosto, recebeu a professora Lisa Earl Castillo para falar sobre “Contatos entre a África e a Bahia no século XIX: viajantes atlânticos do terreiro da Casa Branca”; no segundo, dia 10 de setembro, a professora Yeda Castro discutiu “A nossa língua africana”; e o terceiro, realizado no dia 19 de setembro, reuniu atores, diretores e produtores para debater “O universo Afrodescendente no Teatro Baiano”, e o quarto, dia 3 de outubro tratou do surgimento do samba na Bahia e influência das matrizes africanas”.
ACESSE A FONTE NA ÍNTEGRA: 

NOVOS ACERVOS SÃO SELECIONADOS PARA O PROGRAMA MEMÓRIA DO MUNDO DA UNESCO


O Comitê Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo da UNESCO (MoWBrasil), reunido na sede do Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, nos dias 22 e 23 de setembro, selecionou dez candidaturas, dentre as trinta habilitadas apresentadas ao Comitê Nacional em atendimento a convocação do Edital do ano de 2015, para inscrição no Registro Nacional do Programa Memória do Mundo da UNESCO.
A validação destas nominações se dará por Portaria do Senhor Ministro da Cultura publicada em Diário Oficial. Os representantes das instituições custodiadoras dos acervos nominados receberão seu certificado de inscrição no Registro Nacional do Brasil do programa Memória do Mundo da UNESCO, em cerimônia programada para ocorrer no dia 10 de dezembro de 2015, às 17h, na sede do Arquivo Nacional (Praça da República, nº 173 – Centro – Rio de Janeiro – RJ), na qual estarão presentes os membros do Comitê, os representantes das instituições contempladas, representantes da UNESCO e outros convidados.
O Programa Memória do Mundo, criado em 1992, é uma iniciativa do Ministério da Cultura em conjunto com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), e reconhece documentos, arquivos e bibliotecas de grande valor internacional, regional e nacional. Seu objetivo é preservar e difundir amplamente esse acervo, buscando impedir que o patrimônio da humanidade seja esquecido. Além disso, o programa facilita a preservação desses documentos e seu acesso, contribuindo, assim, para despertar a consciência coletiva do patrimônio documental da Humanidade.

As candidaturas selecionadas foram:

I . Acervo da Comissão Construtora da Nova Capital - Belo Horizonte (1892-1903), apresentado conjuntamente pelo Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte - APCBH/FMC, pelo Museu Histórico Abílio Barreto - MHAB/FMC e pelo Arquivo Público Mineiro – APM.
II. Arquivo da Secretaria de Governo da Capitania de São Paulo (1611-1852), apresentado pelo Arquivo Público do Estado de São Paulo.
III. Arquivo Pessoal Rubens Gerchman (1942-2008), apresentado pelo Instituto Rubens Gerchman.
IV. Cultura e Opulência do Brasil, De André João Antonil, apresentado pela Fundação Biblioteca Nacional.
V. Decisões que Marcaram Época: A Caminhada do Poder Judiciário no Reconhecimento de Direitos Sociais aos Homossexuais, apresentado pela Justiça Federal de 1º Grau no Rio Grande do Sul – Seção Judiciária do RS (SJRS).
VI. Iconografia do Rio de Janeiro na Coleção Geyer (séculos XVI a XIX), apresentada conjuntamente pela Casa Geyer e Museu Imperial / IBRAM.
VII. Partituras - Obras de Heitor Villa-Lobos (1901-1959), apresentadas pelo Museu Villa-Lobos / IBRAM.
VIII. Processos Judiciais Trabalhistas: Doenças Ocupacionais na Mineração em Minas Gerais – Dissídio Individuais e Coletivos (1941-2005), apresentados pelo Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região – Minas Gerais.
IX. Registros Fotográficos Oficiais das Intervenções Urbanas na Cidade do Rio de Janeiro (1900-1950), apresentados pelo Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro.

X. República e Positivismo: A Produção Intelectual da Igreja Positivista do Brasil, apresentado pela Igreja Positivista do Brasil (IPB).
FONTE: 

III SEMINÁRIO ESTUDOS DA BAHIA - PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIAS

Entre os dias 26 e 27 de outubro de 2015, o Grupo de Pesquisa Cultura, Sociedade e Linguagem realizará o seu III Seminário no DCH VI, na cidade de Caetité/BA. Este evento tem a perspectiva de promover encontros entre a comunidade acadêmica e local, favorecer trocas e intercâmbios dentro e fora da universidade e suscitar reflexões sobre questões conjunturais. Atividades como mesas, oficinas e sessões interativas estão afinadas com demandas prementes do nosso meio, assim como possibilitam a partilha de aprendizados e a soma de experiências.
Desejamos a todos as nossas Boas Vindas!