Seminário Internacional Independências nas Américas


Em comemoração aos 190 anos da Independência do Brasil na Bahia, a Fundação Pedro Calmon/SecultBA realizará nos dias 29, 30, 31 de julho e 1º de agosto o Seminário Internacional Independências nas Américas. O evento contará com mesas e conferências que acontecerão em Cachoeira, na Universidade Federal do Recôncavo Baiano/UFRB, e em Salvador, no Complexo Cultural dos Barris e na Reitoria da Universidade Federal da Bahia/Ufba. O Seminário conta com parceria da Universidade do Estado da Bahia/Uneb, Universidade do Sudoeste da Bahia/Uesb, além da Ufba e UFRB.
Palestrantes - Historiadores e pesquisadores nacionais e internacionais irão se reunir nos quatro dias do Seminário para debater os processos de Independências nos países das Américas, proporcionando ao público o contato com fatos que ultrapassam os espaços das discussões estritamente acadêmicas. Entre os convidados estão: Hendrik Kraay (University of Calgary), Maria do Socorro Ferraz Barbosa (UFPE), Marcelo Cheche Galves (UEMA), Claudete Maria Miranda Dias (UFPI), Geraldo Mártires Coelho (UFPA), Maria Lígia Coelho Prado (USP), Sara Beatriz Guardia (Universidad San Martín de Porres), Marco Antonio Vilella Pamplona (PUC-Rio), José Antonio Bedia Pulido (Centro de Estudíos Martianos e Universidad de la Habana), Gerson Galo Ledezma Meneses (UNILA), Iara Lis Franco Schiavinatto (Unicamp), Fernando Antonio Novais (Unicamp), Sérgio Armando Diniz Guerra Filho (UFRB), Wlamyra Ribeiro de Albuquerque (UFBA) e Argemiro Ribeiro de Souza Filho (FAINOR).
Os temas centrais das mesas redondas serão: Miradas sobre o processo de emancipação nas Américas; Entre conflitos e comemoração: história e memória da independência na América Latina; Resistência popular e consolidação da Independência no Brasil; Conflitos políticos e manifestações culturais na Bahia dos séculos XIX e XX.  
Além das conferências, durante o Seminário, a bicentenária Biblioteca Pública do Estado da Bahia (Barris) abrigará uma feira internacional de Livros, exibição de filmes e documentários, lançamentos, exposições e performances artísticas. Toda programação é gratuita e as inscrições podem ser feitas online.

CENTRO DE HISTÓRIA DE ALÉM-MAR

O Centro de História de Além-Mar (CHAM) é uma unidade de investigação interuniversitária da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e da Universidade dos Açores, financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.
O CHAM desenvolve investigação relacionada com a História dos Descobrimentos e com a presença portuguesa no mundo. O estudo da preponderância do mar na história de Portugal, através do tratamento de cronologias distintas, da antiguidade ao passado recente, é um dos elementos transversais às nove linhas de investigação que agrupam o trabalho realizado pelo Centro. A história global numa perspectiva multidisciplinar é, actualmente, uma das prioridades nos estudos que são desenvolvidos pelo CHAM.
A História, a História da Arte e a Arqueologia são disciplinas centrais no CHAM. Não obstante, os projectos, as actividades e as especialidades dos investigadores que compõem a equipa do Centro incorporam ainda disciplinas como a Arquivística, a Biologia, a Demografia, a Geografia, a Linguística, a Literatura, a Museologia e a Química.

A IMPRENSA NA INDEPENDÊNCIA DA BAHIA

Para comemorar os 190 anos da Independência da Bahia, o Instituto Geográfico e Histórico e a Associação Bahiana de Imprensa promovem a mesa redonda A imprensa na Independência, dia 28 de junho, das 14h às 18h. O encontro, que reúne renomados especialistas, pretende debater o papel da nascente imprensa baiana nos episódios que antecederam e que se seguiram à expulsão do general Madeira de Melo, de outros oficiais, soldados e comerciantes portugueses que atuavam em Salvador, no dia 2 de julho de 1823. Durante a programação será lançado o livro 200 anos de imprensa na Bahia (editado pela ABI), no qual reúne artigos, pronunciamentos e documentos referentes às comemorações do bicentenário da instalação do primeiro prelo em território baiano. A inscrição para o evento é gratuita e pode ser feita pelo e-mail curso@ighb.org.br Mais informações no site www.ighb.org.br e telefone: 71 3329 4463

O 25 DE JUNHO EM CACHOEIRA


O início de tudo

25 de junho de 1822. Reunidos na Câmara Municipal de Cachoeira, Antônio de Cerqueira Lima, José Garcia Pacheco de Aragão, Antônio de Castro Lima, Joaquim Pedreira do Couto Ferraz, Rodrigo Antônio Falcão Brandão, José Fiúza de Almeida e Francisco Gê Acaiaba de Montezuma anunciam o resultado da consulta feita ao povo, se concordava que se proclamasse dom Pedro de Alcântara regente constitucional e defensor perpétuo do Brasil. Mesmo sob ameaça de uma escuna militar portuguesa, fundeada no Rio Paraguaçu, a resposta foi “Sim!”.
Na comemoração, o povo foi alvo de tiros vindos da casa de um português e da escuna. Os cachoeiranos proclamam uma Junta Conciliatória e de Defesa para governo da cidade. O primeiro combate foi pela tomada da embarcação, que, cercada, resistiu até a captura e prisão dos sobreviventes (28 de junho).
As vilas do Recôncavo e algumas localidades do Sertão vão aos poucos aderindo. Posições estratégicas são tomadas nas ilhas, em Pirajá e Cabrito. Itaparica, que já aderira, é bombardeada. Em Cachoeira, é organizado um novo governo para comandar a resistência, a 22 de setembro de 1822, sob a presidência de Miguel Calmon du Pin e Almeida.
Em outubro de 1822, chega do Rio de Janeiro o primeiro reforço efetivo. Sob o comando do general francês Pedro Labatut, a tropa foi impedida de desembarcar, indo aportar em Maceió (AL), de onde veio por terra, conseguindo arregimentar mais soldados.

A independência no sentimento popular

A partir da Conjuração Baiana de 1799, o sentimento de independência ficou arraigado no povo. A Revolução do Porto, em Portugal, em 1820, teve repercussão na Bahia. Em fevereiro de 1821, uma conspiração constitucionalista começa em Salvador, com a participação de Cipriano Barata.
Os conspiradores queriam, como em Portugal, uma Constituição que limitasse o poder real. Os revoltosos forçam a renúncia do governador, conde da Palma, que era apoiado pelo então coronel Inácio Luís Madeira de Melo. Uma Junta Governativa foi constituída por brasileiros e portugueses.
A 12 de novembro de 1821, soldados portugueses saíram pelas ruas, atacando soldados brasileiros, num confronto corporal na Praça da Piedade, com feridos e mortos.
Em 31 de janeiro de 1822, uma nova Junta Governativa foi eleita e em 11 de fevereiro chegou a notícia da nomeação de Madeira de Melo, comandante das Armas da província, destituindo o brigadeiro Manuel Pedro, que fortalecera os nativos.

Joana Angélica, primeira mártir

A 18 de fevereiro de 1822, reúne-se um conselho de vereadores, juízes e Junta Governativa para dirimir a questão da posse. Como solução foi proposta uma Junta Militar, sob a presidência de Madeira de Melo.
Na madrugada de 19 de fevereiro, acontecem os primeiros tiros, no Forte de São Pedro, para onde acorreram as tropas portuguesas, vindas do Forte de São Bento. Confrontos violentos ocorreram nas Mercês, Praça da Piedade e Campo da Pólvora.
Os portugueses tomaram o quartel onde se reunia o 1º Batalhão da Infantaria. Os soldados lusitanos atacaram casas, pessoas e invadiram o Convento da Lapa, assassinando a abadessa sóror Joana Angélica.
Madeira de Melo se preparou para bombardear o Forte de São Pedro. No dia seguinte, o forte se rendeu. O brigadeiro Manuel Pedro foi preso e enviado a Lisboa. A 2 de março de 1822, Madeira de Melo finalmente prestou juramento perante a Câmara de Vereadores.

A Batalha de Pirajá

Diante da derrota, as tropas baianas recuaram para o Recôncavo. A partir de então, começou o cerco a Salvador, onde se concentravam os militares e os comerciantes portugueses.
Em 8 de novembro de 1822, trava-se em Pirajá uma das batalhas mais violentas da libertação da Bahia, e Madeira de Melo é forçado a recuar. Depois desse desastre e da derrota em Itaparica, o exército português não pôde renovar reforços para ir além da capital.
Nos primeiros meses de 1823, a situação de Salvador deteriorou muito. Sem alimentos, as doenças matavam cada vez mais e cerca de 10 mil pessoas deixaram a cidade.
Em maio de 1823, chegou à costa da província a esquadra comandada por Thomas Cochrane, para participar do bloqueio marítimo à capital. Madeira se rendeu em 2 de julho de 1823.

O 2 de Julho no imaginário popular

Segundo o historiador Luís Henrique Dias Tavares, autor do livro Independência do Brasil na Bahia, o 2 de Julho é uma construção de muitos anos no imaginário popular.
“Em 2 de julho de 1823, a única coisa que a Bahia tem é justamente o 2 de julho de 1823. Naquele quadro, que na época não se pode chamar de nacional brasileiro, pois o Brasil verdadeiramente não existe ainda (...), a Bahia está sem nada. E é daí que os baianos orgulhosamente construíram o 2 de Julho de 1823 como uma data da independência, que era da Bahia, mas que era também, e muito, do Brasil”, afirma o historiador.
Entre os equívocos do 2 de Julho, Dias Tavares destaca as homenagens ao general Labatut. “Foram os brasileiros que de fato libertaram a cidade do Salvador de armas nas mãos. Primeiro foram os brasileiros de Santo Amaro, Maragogipe, Cachoeira, São Francisco do Conde, Nazaré das Farinhas, Jaguaripe, que formavam um exército de esfarrapados. Depois, entraram os brasileiros que desceram lá de Caetité e de outros pedaços do Sertão e da Chapada Diamantina, formando um exército das mais diferentes cores, de brasileiros filhos de escravos, descendentes de escravos, brasileiros brancos pobres que nada tinham além de uma roça de cana plantada para o senhor de engenho..., ensina.

A mitologia, segundo Dias Tavares

Maria Quitéria – “A mitologia baiana criou Maria Quitéria com um saiote escocês, com uma linda farda e com arma na mão. Ela esteve realmente em vários instantes de luta, mas esfarrapada, com o que restava em cima do corpo, porque foi parte desse exército brasileiro”.
O Corneteiro Lopes – Uma construção do Santos Titara e outros. “Não se deve esquecer que Inácio Acioly Cerqueira e Silva o conheceu mendigo, pedindo esmolas na cidade do Salvador, e relata isso em 1836, na primeira edição das Memórias Históricas da Província da Bahia.
João das Botas – Marinheiro português que instruiu Cachoeira, Santo Amaro e São Francisco do Conde a armarem barcos. Canhões foram colocados nas proas e popas, sob o comando de João de Oliveira Botas, e esses barcos foram decisivos na guerra.

O caboclo e a cabocla

O índio teve participação importante nas lutas pela independência. Ele representava o “verdadeiro brasileiro”, o dono da terra, que somara seus esforços aos demais combatentes. Em 1896, foi erguido um monumento em sua homenagem, na Praça 2 de Julho (Campo Grande), em Salvador.


OS HERÓIS DO BRASIL


O objetivo do projeto elaborado pela Abrolhos Cultura e Entretenimento é levar ao maior número de pessoas, a começar pelos jovens, conhecimento sobre alguns grandes episódios da história brasileira.
É importante que o Brasil enfatize sua cultura, seus valores e seus heróis. Os heróis são os porta-vozes dos valores de um povo às suas crianças. E como dizia Bertolt Brecht: “Pobre aquele país que não tem heróis”. Não devemos apenas importá-los. Temos que dar-lhes vida para que o maior número de pessoas os conheçam e saibam de suas realizações.

E esta é a razão de falar sobre Quitéria, João das Botas e outros personagens desta história: produzir seus feitos de maneira interessante e enraizar os valores destes bravos como a lealdade, a luta pela liberdade e a força na adversidade, na formação dos jovens do Brasil.

Atlantic World Slave Database Conference


This is a call for papers for an international conference, "Databasing Individual Slaves in the Atlantic World: 15th through 19th Centuries." A major objective is to encourage collaboration among scholars databasing slaves by presenting, interpreting, discussing, coordinating, and moving towards integrating and preserving the many slave databases in various stages of development and construction initiated during the past decade or more by scholars studying the Afro-Atlantic world while offering assistance to those seeking to create new slave databases.

In 2011, with the support of the National Endowment for the Humanities, MSU’s History Department and MATRIX initiated Biographies: The Atlantic Slave Data Network (ASDN). We seek to provide a platform for researchers to upload, analyze, visualize, and utilize data they have collected, and to link it to other databases which together will complement each other in ways to create a much richer resource than the individual databases alone. There is a significant need for such a collaborative research platform. During the past two decades, there has been a seismic change in perception about what we can know about African slaves and their descendants throughout the Atlantic World (Africa, Europe, North and South America). 


East African slaves aboard the Daphne, a British Royal Navy vessel

Scholars have realized that, far from being either non-existent or extremely rare, various types of rich documentation about African slaves abound in archives, courthouses, newspapers, prisons, churches, government offices, museums, ports, and private collections. Since the 1980s, a number of major databases were constructed in original digital format and used in major publications of their creators. But they have lacked a platform for preservation and therefore are at risk of being lost as their creators retire. A growing number of collections of original manuscript documents have been digitized and are beginning to be made accessible free of charge over the Web. However, our task as historians is more than to preserve images of primary sources, but to interpret those sources by finding new ways to organize, share, mine and analyze as well as to preserve original materials which might otherwise be discarded or lost.

Rescued slaves crowd the deck of the HMS Daphne.

All our sessions will be plenary. We will open with a progress report on our best practices slave database and our discussions of how to integrate it with The Trans-Atlantic Slave Trade Database. There are many distinct types of document of varying complexity with greater or lesser descriptive details about slaves. At this, our first conference, we will focus only on a few types of documents which can best enlighten us about the specific origins of slaves born in Africa. One session will compare documents and databases about emancipados created at the University of Havana and others about emancipados created by Brazilians throughout Brazil. Another session will focus on runaway slaves throughout the Atlantic world. Our final session will deal with the creation and use of slave databases by Afro-descended genealogists.

Please send a brief description of your slave database including place, time, type or types of documents, number of records and fields, graphics if any, how it has or can be used to ask and answer new questions, and to link to other slave databases. Limit 500 words.

November 8-9, 2013
Michigan State University, East Lansing, MI

Título de Doutor Honoris Causa ao historiador Alberto Vasconcellos da Costa e Silva

Universidade Federal da Bahia
Gabinete do Reitor



A Reitora da Universidade Federal da Bahia, Professora Dora Leal Rosa, e o Diretor da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Professor João Carlos Salles Pires da Silva, convida para a Solenidade de Outorga do Título de Doutor Honoris Causa ao historiador Alberto Vasconcellos da Costa e Silva.

DATA: 15  de julho de 2013
HORÁRIO: 17 horas
LOCAL: Sala dos Conselhos Superiores da Reitoria da UFBA
ENDEREÇO: Rua Augusto Viana, s/n, Canela. Salvador - BA
Cerimonial do Gabinete:

REVOLTA DO BUZÚ: ONDE TUDO COMEÇOU



A REVOLTA DO BUZÚ
Por Mercês 
O exemplo da revolta do Buzú, em Salvador/BA.

Setembro de 2003, mês que marcou a história de lutas sociais em Salvador nos últimos 30 anos. Os protagonistas desta linda e emocionante história seriam indivíduos comuns, filhos de pais pobres em sua grande maioria, quando não desempregados.
Tudo iria começar com os boatos na cidade sobre o possível aumento da tarifa de ônibus.
“vai subir para R$1,70, R$1,65; a proposta dos empresários era de R$ 1,80!
Qual é?! Na capital do desemprego, qualquer reajuste da já alta tarifa de R$1,30 seria uma imoralidade e uma falta de respeito ao povo trabalhador soteropolitano.
Preocupados com a situação, os estudantes (sempre os primeiros nos levantes sociais) iniciam movimentações paralisando as regiões mais periféricas da cidade. A cidade baixa numa quinta-feira é sacudida pelos estudantes.
Algumas coincidências foram extremamente importantes para o desenrolar das manifestações. A primeira foi que neste mesmo período já estava em curso, um fórum formado por grêmios estudantis das principais escolas. Inicialmente a idéia seria de rearticular um movimento que fortalecesse os grêmios e pudesse dar-los maior autonomia frente a ação centralizadora e manobrista de algumas entidades e partidos.
Dia 29/08, sexta-feira, as mobilizações ganham maiores proporções pegando de surpresa e temor a cúpula carlista que já pela manhã anuncia o aumento para R$1,50. Tentava-se assim desmotivar e desmobilizar os estudantes. Doce engano! Ao invés de frustração veríamos revolta e indignação. A população em peso apóia os estudantes.
Já na segunda, dia 1° , ocorrem paralisações em vários pontos de salvador. A cidade estava tomada, ou melhor, sitiada. “OS ESTUDANTES PARAM SALVADOR”, “ A REVOLTA DO BUZÚ”, estas eram as manchetes dos principais jornais do estado. Nos dias posteriores, COBERTURA NACIONAL QUE SURPREENDERIA O PAÍS.
O prefeito não sabia o que fazer. Toma bronca do seu padrinho malvadeza “ACM” por não ter usado da força anteriormente.
Surge então para o prefeito uma grande oportunidade. Possíveis líderes do movimento estariam dispostos a negociar com o prefeito. Bom pra ele que assim poderia cooptar as tais lideranças e frear o movimento, além de passar uma imagem de flexível e aberto ao diálogo. Bom também para as tais lideranças que poderiam agora desfrutar da visibilidade que a mídia em geral estava oferecendo.
Desde o início já tinha ficado claro que o movimento não tinha líderes oficiais, havia sim um grupo de grêmios e estudantes que colaboravam nas mobilizações e organizava as passeatas.
As antigas lideranças estudantis partidárias e as pouco representativas entidades quiseram guiar na força o movimento que não controlavam. Se esforçaram para produzir uma imagem de que eram os representantes daquele movimento e que poderia falar por ele. A idéia do espontaneísmo os atemorizava.
Representar uma entidade social é antes de tudo reconhecer que rebeliões sociais são fruto de insatisfações populares. O grande desafio para quem representa um segmento social é tentar estabelecer uma direção responsável, efetiva, coletiva, democrática respeitando a vontade das bases. Orientar o movimento no sentido de impedir que ele não se dissolva em agregados de protestos isolados e desconexos.
Mesmo assim, os tais líderes só queriam sair na TV, aparecer em jornais, levantar a bandeira de seu partido ou entidade na frente do movimento.
Os estudantes se indignaram, não seriam mais uma vez massa de manobra. Continuaram com os protestos obrigando o prefeito a ceder 7 dos 8 pontos da pauta reivindicatória. Só faltava a redução para R$1,30.
Satisfeitos com a visibilidade alcançada e preocupados com o prosseguimento do movimento, as tais lideranças iniciaram uma tentativa de desmobilização. Proclamavam a sociedade que já havíamos conquistado o que queríamos e a redução viria com as futuras negociações que eles intermediariam. Resultado, a antipatia virou revolta e todos eles (as tais lideranças) foram repelidos pela massa.
Entidades e partidos passaram a ser odiados, tudo graças a irresponsabilidade de alguns militantes que preferiram optar por contemplar seus interesses pessoais e eleitoreiros.
Ao invés de reconhecerem o erro, continuaram batendo de frente com a base estudantil. Alguns se afastaram para não prejudicar ainda mais, as suas imagens.
Situação paradoxal! Tais líderes diziam algo e as massa faziam diferente. A mídia maliciosamente passava a idéia que o movimento estava desorganizado.
Utilizando desta linha de pensamento, tais lideranças começaram a pregar o medo na base estudantil.” está fora do controle”, “vai se transformar em tragédia”, “a polícia vai bater”, “a opinião pública vai se voltar conta nós”. O golpe mais pesado foi” vamos parar temporariamente para reorganizarmos a luta”. Muitos grêmios, novos na luta, caíram neste discurso.
No auge das mobilizações, por conta desta desmobilização, o movimento entrou em refluxo. Houveram resistentes, mas eram uma minoria e que acabaram apanhando da polícia nos dias posteriores.
Mesmo assim, uma galera aguerrida e determinada tentou resistir e recuperar o fôlego daquele movimento; não deixaram de acreditar naquilo que desde o início defendiam, mas sabiam que dependiam do coletivo dos estudantes para alcançar a vitória.
Ficou a lição de luta para a população; proporcionou-se novas discussões sobre a forma de atuação dos movimentos sociais, reoxigenaram-se os grêmios estudantis, além de estar plantada no coração de cada um o desejo de retornar por uma luta ainda maior, o PASSE-LIVRE! 


Saiba mais: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Passe_Livre
http://www.midiaindependente.org/pt/red/2004/03/275678.shtml
http://www.laquestionsociale.org/LQS/LQS_3/por_QS3_RevoltaBuzu.pdf
http://www.ibase.br/userimages/revolta_do_buzu_final.pdf
https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/11252/1/Dissertacao%20Edemir%20Ferreiraseg.pdf

CENSO ONLINE SÃO TIAGO DO IGUAPE 1835

Engenho Vitória

Registros de um retrato detalhado de mais de sete mil habitantes de uma região brasileira de engenho de açúcar, mais da metade dos quais eram escravizados. A informação registrada inclui o nome, idade, raça, estado civil, ocupação e status livre ou escravo dos membros de cada família. Esta fonte permite que os pesquisadores e estudantes a oportunidade de compreender melhor os padrões de vida e de trabalho em um dos centros da escravidão atlântica.

ABAIXO-ASSINADO CONTRA OBRAS NA BAHIA MARINA

(CLICK NA IMAGEM E ASSINE)

Nós, abaixo-assinados, queremos deixar registrada nossa insatisfação com a apropriação da área marítima adjacente à Praia da Preguiça pelas obras de um novo pier para a Bahia Marina, iniciadas nas primeiras semanas de 2013. Com 200 vagas para atracação projetadas, o pier ocupará toda a área entre a Bahia Marina e o Restaurante Amado. Ademais, tanto a Marina quanto o Restaurante pretendem criar novas edificações – a primeira já tornou público que pretende construir um condomínio de luxo, um hotel e heliponto; enquanto o Restaurante Amado objetiva verticalizar sua área, acrescentando seis pavimentos. Como é de conhecimento público, essas empresas são direcionadas apenas para clientes das classes abastadas, fornecendo serviços que os moradores locais, da classe média baixa e de baixa renda, nem sequer têm acesso.

Se todas as barracas de praia da cidade foram demolidas por serem empreendimentos particulares que usufruíam de áreas da União, por que seriam autorizadas as referidas obras da Bahia Marina e do Restaurante Amado, uma vez que a Praia da Preguiça também é área da União? Cabe frisar que essa praia é o único espaço de lazer e esporte que restou para os moradores locais, depois que a Bahia Marina se apropriou a Praia do Unhão, há 15 anos. A estreita faixa que sobrou será engolida pelas novas construções, que fecharão o acesso da população local à Praia da Preguiça e às águas da Baía de Todos os Santos. Solicitamos, urgentemente, a intervenção dos órgãos competentes para impedir a privatização de mais um espaço público e defender o direito à livre circulação da população na Praia da Preguiça.

Salvador, 4 de fevereiro de 2013 


Os signatários

AUDIÊNCIA PÚBLICA PRAIA DA PREGUIÇA


Convidamos a todas e todos para participar da Audiência Pública “Praia da Preguiça: impactos da ampliação do quebra-mar da Bahia Marina e ameaça de privatização da praia”, que acontecerá no dia 18 de Junho de 2013, a partir das 9:30h, no Auditório Jutahy Magalhães, na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), 1ª avenida, 130, CAB.
As recentes obras de ampliação do quebra-mar da Bahia Marina têm alarmado os moradores das comunidades do Unhão, da Preguiça e do bairro 2 de Julho quanto aos impactos causados ao meio ambiente, sobretudo os impactos nas pequenas porções de praias existentes nas imediações da Av. Contorno. A instalação do referido quebra-mar poderá impactar, inclusive, na diminuição da faixa de areia dessas praias, amplamente utilizadas pela população moradora do entorno, inclusive para a prática de esportes. Informações recentes quanto à possibilidade de privatização da praia da Preguiça desencadeou uma série de movimentações dos moradores do entorno, que oficializaram uma denúncia ao Ministério Público e acionaram esta Comissão Especial de Desenvolvimento Urbano, além de terem realizado mobilizações na Praia da Preguiça e na JAM no MAM.
No entendimento da importância da Praia da Preguiça para os usos culturais e de lazer da população do entorno e partindo dos pressupostos da Constituição Federal de que o mar e as praias são bens da união (Art. 20) e de que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida” (Art. 225), a Comissão Especial de Desenvolvimento Urbano vem, por meio deste, convidá-lo para o debate sobre o projeto da ampliação do quebra-mar da Bahia Marina e a proposta de privatização da Praia da Preguiça.
ASSINE A PETIÇÃO PÚBLICA: 
http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2013N35736

I COLÓQUIO DE HISTÓRIA DAS DOENÇAS


Os programas de pós -graduação em História Social das Relações Políticas e de Saúde Coletiva da Ufes promovem nos dias 30 e 31 de julho o I Colóquio de Histórias das Doenças.  O evento é coordenado pelo professor Sebastião Pimentel Franco e tem o objetivo de abordar o surgimento de epidemias de doenças no Brasil, no início do século.
Os interessados já podem se inscrever. Basta entrar em contato com o Núcleo de Pesquisa em Informação Histórica no telefone 4009-4602.
O colóquio será realizado no auditório Manoel Vereza, no Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), e contará com a presença de professores e pesquisadores das universidades federais de Alfenas (Unifal), da Bahia (UFBA), de Minas Gerais (UFMG) e dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), além da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) e da Ufes.


CONVERSANDO COM SUA HISTÓRIA


Resumo da palestra:
Esta comunicação trata de uma pesquisa realizada em nível de doutorado em História. Neste trabalho, busquei dialogar com as experiências de mulheres marisqueiras nas lutas por tradições, memórias de trabalho e vivências em Ilhéus, Bahia, no período de 1960 a 2008. Em Ilhéus, elas vêm assumindo um papel importante na manutenção e continuidade das artes da pesca em moldes artesanais. Na luta pela sobrevivência, vão constituindo redes de solidariedade e cooperação entre vizinhas, familiares, para a cata, coleta e comercialização do catado filé de carne de mariscos coletados nos mangues e rios de Ilhéus. Aos poucos, vão conquistando espaço nas lutas por seus direitos, como a aposentadoria especial de pescadores artesanais, o seguro defeso e outros. Os pescadores artesanais, em particular as marisqueiras, sabem da importância da preservação da biodiversidade para a manutenção da pesca. Esta defesa das artes da pesca em moldes artesanais é praticada utilizando-se de apetrechos fabricados pelas próprias marisqueiras, com material e iscas encontrados no próprio ambiente dos mangues, rios e matas próximas aos lugares de pesca. A pesca artesanal está sendo pressionada pela degradação ambiental, pela sobrepesca realizada pelos barcos de arrasto (barcos com rede) e o aumento da quantidade de trabalhadores desempregados que também estão partindo para a mariscagem como forma de sobrevivência. Para enfrentar estas pressões, as marisqueiras em Ilhéus criaram duas associações: a Associação de Pescadores e Marisqueiras do São Miguel- ASPEMAR, e a Associação de Marisqueiras do Alto do Mambape - AMMA . Criadas entre 2004 e 2008, representam a força e a luta dessas mulheres na defesa de seus modos artesanais de trabalho. A comunicação pretende dar uma contribuição aos estudos sobre história social no sul da Bahia, incorporado com legitimidade as narrativas desses sujeitos históricos pouco estudados na chamada historiografia do cacau.


Atenciosamente,

Centro de Memória da Bahia
Fundação Pedro Calmon - Centro de Memória e Arquivo Público da Bahia
Secretaria de Cultura do Estado da Bahia
Governo do Estado da Bahia
55-71-3117-6067

EDUCAÇÃO E CASTIGO





Tendo no dia 8 do corrente infligido ao aluno Camilo Xavier de Miranda o castigo de ajoelhar-se na aula a fim de corrigi-lo de sua reiterada relaxação, e ultimamente uma palmatoada pela falta de atenção com que ouvia as minhas explicações; aconteceu que no dia sexta feira, 10 do corrente (tendo sido quinta feira), veio o mesmo aluno com três linhas de lição, em lugar de um capítulo de vinte e duas linhas de Cornélio, que lhe eu passara, e essas de tal moda preparadas, que reclamavam o castigo do aluno.
Não o castiguei, expliquei-lhe as três linhas; e passando fazer-lhe perguntas sobre o que lhe acabara de explicar, nem sequer a uma me respondeu, só porque, em virtude da acintosa desatenção, com que sempre está na aula, não soubesse a que momentos antes lhe explicara, ou porque mesmo não quisesse responder.
Chamei-o à palmatória – respondeu-me que se não sujeitava a castigos por ordem, que tinha de seu pai; a vista do que, despedi-lo da aula, fazendo-lhe ver que somente o readmitiria sujeitando-se ele aos castigos, ou então se Vossa Excelência a quem me ia imediatamente dirigir, me o ordenasse.
Nem de outra sorte (creio) deveria eu praticar, a menos que me resolvesse a ser desatendido, e mesmo desfeiteado por algum discípulo menos bem educado, que por ousar me pise nesta aula.
Não tenho, Ilustríssimo Senhor, o regulamento, mas a lei autoriza o Professor a castigar moderadamente seus alunos, e eu não tenho pai algum por superior a lei.
Os castigos de que uso são os seguintes: mandar por de pé o aluno, manda-lo ajoelhar e palmatoadas, nunca excedendo a seis. O senhor comissário de instrução desta cidade está dela ausente desde dezembro, e pois a Vossa Senhoria diretamente me dirigiu a fim de saber se abriu em regra, por quanto não quero exorbitar; pedindo a vossa senhoria a devida permissão para se me convier, publicar a respeitável decisão de Vossa Senhoria.
Deus guarde a Vossa Senhoria, aula de latim da cidade de Cachoeira, 11 de fevereiro de 1854.           
O Professor público de Latim tem a honra de comunicar a Vossa Excelência ter despedido da sua aula o aluno Camilo Xavier de Miranda; e eis os motivos:
Na 4ª feira 8 do corrente chamando o abaixo assinado ao referido aluno a lição, e não sabendo ele se quer responder ao princípio mais banais da gramática latina, ordenou-lhe o abaixo assinado que se pusesse de joelhos,  e em consequência da desatenção, que tava o mesmo aluno, as explicações, que lhe fazia como Professor, viria o participante na obrigação de lhe dar um castigo mais forte; castigo que entretanto não passou de uma palmatoada! Hoje sexta feira, tendo tido os alunos toda a quinta feira por feriado, apresentou-se o aluno em questão com uma lição de três linhas, e tão pessimamente estudada a trouxe, e tal foi a falta de atenção, que manifestou na aula, que teve o abaixo assinado firmado de o chamar a bolos. Respondeu-lhe o aluno que se seu pai tinha autorização se a não sujeitar a castigos, à vista do que despediu-o o abaixo assinado. Ora, Ilustríssimo Senhor, na inabalável resolução de não receber tal aluno está o abaixo assinado sem que a preste ele ao castigo, por quanto exato cumpridor de seus deveres, cônscio da dignidade, que deve ter um Professor, que em todo o tempo se considerou como um pai moral de seus discípulos, não quer ele ver sua aula desmoralizada, nem tão pouco perder a força moral com seus alunos, que em grande parte bem morigerados se perverteram com um tão revoltante exemplo. Indiretamente autoriza o castigo corporal ao Professores o §6 do artigo 14 do código crime, e conseguinte não cumpra a Lei o Pai, que tão insolitamente dá a seu filho uma tal autorização, qual a que acima vai declaradas, em altos brados da janela do Escrivão de Órfãos disse o pai do aluno que amanhã o mandaria para aula, e que queria vir se o Professor público podia despedir um aluno – seguramente cumprirá sua palavra, será mesmo a aula com o fito se injuriar o abaixo assinado, que cônscio de seus deveres, sabe energicamente fazer respeitar seus direitos; e pois, para prevenir tal desajuizado, e talvez mesmo para cojurar um crime requer o abaixo assinado a Vossa Senhoria um guarda, ou mais, se preciso forem para fazer retirar o aluno, se resistir da injunção do abaixo assinado, ou mesmo seu pai se o vir injuriar, e em uma palavra por p suplicante a Vossa Excelência todas as precisas providências.
Ausente a aula o Conselheiro de Instrução desta Cidade, e pois diretamente ao senhor Diretor Geral dos Estudos, vai o suplicante submeter tal questão, antes de cuja decisão não está resolvido a receber um aluno insubordinado, mas sim quando uma insubordinação maior de seu pai o que alias lhe devera dar exemplos a sociedade.
Deus guarde a Vossa Excelência, aula de latim da cidade da Cachoeira, 10 de fevereiro de 1854.
Ilustríssimo Senhor Tenente Coronel Juiz Municipal Suplicante.
O Professor de Latim
Manoel Nunes da Costa
Arquivo Público do Estado da Bahia – Seção Colonial/Provincial – Judiciário – Série Juízes Cachoeira – Maço: 2277 – 1850-1858.                    


II REM-ENCONTROS - Rede de Educadores em Museus Bahia


Seminário História Social do Futebol

Prezado(a)s,

A Fundação Pedro Calmon, através do Centro de Memória da Bahia, convida a todos para o seminário História Social do Futebol, que ocorrerá nos dias 17 e 18 de junho na sala Kátia Mattoso - auditório da Biblioteca Pública do Estado da Bahia

Para maiores informações e inscrições, acesse: www.fpc.ba.gov.br/seminariofutebol

Segue abaixo a programação.

Seminário História Social do futebol

Dia 17 às 19h
Palestrante: prof. Dr.Leonardo Pereira (PUC-RJ)
Título da palestra: Um Brasil em campo: o futebol e o sentimento nacional em formação (1908-1938)
Debatedora: profª Drª Gabriela dos Reis Sampaio (UFBa)

Dia 18 às 14h
Mesa 1: O futebol na cidade de Salvador
Palestrantes: Lucas Café (UFBa) e Thiago Palma (FSBB)

Dia 18 às 16h
Mesa 2: Sentidos em campo: cultura e identidade no futebol
Palestrantes: Henrique Sena (UNESP), Priscilla Andreata (UFBa) e Djalma Melo (UEFS)


Atenciosamente,

Centro de Memória da Bahia
Fundação Pedro Calmon - Centro de Memória e Arquivo Público da Bahia
Secretaria de Cultura do Estado da Bahia
Governo do Estado da Bahia
55-71-3117-6067

COLLOQUIUM ON SLAVERY: SLAVE-CITIZEN-HUMAN


Colloquium on Slavery: SLAVE – CITIZEN – HUMAN

Recognizing that racial and chattel slavery were central to the historic formation of the Americas, the CSSJ provides a space for interdisciplinary research focused on the historical formations of slavery, the legacies of slavery that shape our modern world, and contemporary forms of human bondage. In an effort to promote and facilitate crossdisciplinary discussions amongst graduate students, the CSSJ and the Department of Africana Studies at Brown University are proud to announce the first ever Graduate Student
Colloquium on Slavery, to be held from October 18-19th, 2013.
The theme of the 2013 colloquium will broadly revolve around the following terms:


Papers might take up these terms individuals or in combination. Submissions might consider how the human condition may find itself altered through juridical structures, social structures, political and historical circumstances, ideology, cultural traditions, religion, and/or economics. Discussion of these terms in relation to any time period and/or geographic area is welcome. Critical examinations of these thematic terms from a variety of disciplinary (and especially interdisciplinary) perspectives are encouraged. The goal of this colloquium is to facilitate an interdisciplinary discussion between graduate students whose research revolves around the condition(s) and structure(s) of slavery and their relationship to the concepts of ‘citizenship’ and ‘the human condition’, as well as consequences and phenomenon that are related to regimes of domination.
We are inviting graduate students from all disciplines to submit abstracts (of 250-500 words) by July 1, 2013 for 20-minute presentations that address these broad themes in some way. 6-10 abstracts will be selected for the 2013 colloquium. Selected participants will be required to submit the full text of their paper by September 15, 2013, in order to provide sufficient time for the pre-circulation of papers for round-table discussions. Presenters will be given financial support to help offset the travel costs required for their participation. For any questions regarding the 2013 colloquium please contact Michael Sawyer at cssjgradcolloquium@gmail.com


The Center for the Study of Slavery and Justice (CSSJ) at Brown University is a scholarly research center with a mission focused on public engagement and education (for more information, please visit our website: http://brown.edu/initiatives/slavery-and-justice/

Família tenta criar ponto de memória no imóvel onde Marighella viveu

Carlinhos Marighella olha o imóvel que conheceu na infância e sonha com criação de espaço de referência.

Victor Uchôa

Em Salvador, a família do dirigente comunista Carlos Marighella tenta criar um espaço de referência na casa onde ele cresceu e iniciou a vida adulta

Até ser assassinado, ele foi o homem mais caçado pela polícia política da Ditadura Militar brasileira (1964-1985). Referência ideológica para nomes como o filósofo Jean-Paul Sartre, o pintor Joan Miró e os cineastas Luchino Visconti, Jean-Luc Godard e Glauber Rocha, tem suas obras estudadas até hoje na Academia Militar de Nanquim (China) e na sede da Agência de Inteligência Americana (CIA).

Neto de escravos e filho de uma negra com um imigrante italiano, ele militou pelo Comunismo por quase 40 anos, boa parte deles na clandestinidade. Foi investigado tanto pela CIA quanto pela KGB, a agência de inteligência russa.
Anistiado “post mortem” em 2012, amado por muitos e odiado por outros tantos, é preciso concordar numa questão sobre Carlos Marighella (1911-1969): no século XX, poucos baianos tiveram tanta projeção internacional quanto aquele mulato.

Depois de ganhar o mundo, Marighella quer voltar pra casa. Mais precisamente para a casa onde ficou por mais tempo nos seus 57 agitados anos de vida. Em ruínas, o imóvel onde o mecânico Augusto Marighella e a esposa Maria Rita criaram oito filhos sucumbiu ao tempo e ao descuido. 

Esquinado na Rua Barão de Desterro, transversal da Baixa dos Sapateiros que fica de frente para o também arruinado Cine Pax, resiste com uma fachada deteriorada e restos de telhas que nada protegem. Por dentro, é só mato.

“Marighella tem sua formação fincada na Baixa dos Sapateiros e aquela casa está em risco iminente de destruição. Deixar aquilo se destruir é um crime de lesa-história”, observa o jornalista Mário Magalhães, autor da biografia Marighella – O Guerrilheiro que Incendiou o Mundo, lançada em 2012. 

Magalhães defende que, no imóvel, seja criado um espaço de preservação da memória de Carlos Marighella, que serviria como ponto de pesquisa da obra do homem que fez poesias, atuou na política legalmente e, quando acuado, tramou revoluções. Em posse de “centenas de quilos de documentos” reunidos ao longo de nove anos de apuração, o jornalista afirma que transfere todo o material para o espaço, se ele vier a ganhar forma.
Acesse a matéria na íntegra: CORREIO - BA 

GRUPO DE ESTUDOS: FOUCAUTIANOS


O Grupo de Estudos Foucaultianos é uma linha de pesquisa do Grupo de Pesquisa Metafísica e Estética, sendo também vinculado ao Mestrado Acadêmico em Serviço Social da UECE (MASS), tem o objetivo de desenvolver reflexões, discussões, material escrito (artigos, comunicações, livros), bem como estimular os alunos componentes do Grupo a preencher uma lacuna do Curso de Filosofia referente à Filosofia Contemporânea.

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