REVISTA DE HISTÓRIA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

A Revista de História é uma iniciativa discente do Curso de História da Universidade Federal da Bahia, idealizada como um meio de divulgar a produção acadêmica de graduandos(as) e pós-graduandos(as) em História e áreas correlatas das Instituições de Ensino Superior do país. Desta forma, buscamos preencher algumas lacunas presentes no atual cenário da formação dos(as) novos(as) historiadores(as) brasileiros(as), no sentido de promover a divulgação e a circulação da produção discente, estimulando o intercâmbio de idéias, temas, abordagens e aportes teóricos em nível nacional.
Leia aqui a edição atual, ou folheie todas as edições. Se preferir, utilize nossa ferramenta de pesquisa nos artigos publicados. Confira também um guia de acervos para a História da Bahia, em permanente expansão.

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Uma mensagem a todos os membros de Cafe Historia
Olá! Boa noite!
Em 2010, o Café História consolidou-se como um espaço de trocas de saberes e experiências no campo de história. Somos mais de 30.000 pessoas que acreditam na importância do conhecimento histórico e do ensino da história no Brasil. Por isso, a administração da rede gostaria de agradecer a todos pelo comprometimento e pela colaboração. Muito obrigado!
Que todos tenham ótimas festas neste fim de ano. E que em 2011 as conquistas no campo sejam ainda maiores.
Mas antes de ir, não deixe de conferir o que ainda dá o que falar nesse fim de 2010:

MISCLEÂNEA
As Malvinas estão de Volta
Descobertas petrolíferas no arquipélago britânico a 700 km da costa argentina reanimam uma velha disputa que no passado chegou a provocar uma estranha guerra entre Reino Unido e Argentina.

CAFÉ EXPRESSO NOTÍCIAS
Museu do Holocausto anuncia identificação de 4 milhões de vítimas do nazismo.
Arqueólogos chineses descobrem sopa de 2400 anos.

VÍDEOS
Entrevista com o General Leônidas Pires Gonçalves (Ditadura Militar Brasileira)
Entrevista com Historiador Marco Antonio Villa
Pesquisadora fala sobre a Doutrina Espírita no Brasil

ENQUETE HISTÓRICA 
Qual destes temas você gostaria de encontrar mais no Café História?
Ditaduras Militares
Segunda Guerra Mundial
Império Romano
Mitologia Grega
Tecnologia e Internet

SUGESTÃO DE LEITURA
Batalhas Medievais apresenta as vinte mais importantes batalhas da Europa e do Oriente Próximo na época em que os tradicionais códigos de cavalaria cediam lugar ao crescente profissionalismo dos exércitos.

CINE HISTÓRIA
"O Concerto" promete fazer rir e pensar ao mesmo tempo.
Visite Cafe Historia em: http://cafehistoria.ning.com/?xg_source=msg_mes_network

IX ENCONTRO NACIONAL DOS PESQUISADORES DO ENSINO DE HISTÓRIA (ENPEH)

A Associação Brasileira de Ensino de História (ABEH) e a Comissão Organizadora do IX Encontro Nacional dos Pesquisadores do Ensino de História (ENPEH) têm o prazer de convidar - pesquisadores, professores, estudantes -, para participar desse encontro intitulado América Latina em perspectiva: culturas, memórias e saberes, que acontecerá no campus da Universidade Federal de Santa Catarina, na cidade de Florianópolis, nos dias 18, 19 e 20 de abril de 2011.
O IX ENPEH pretende dar continuidade aos encontros que se realizam no Brasil desde 1993, que se firmaram sobre a discussão dos fundamentos teóricos e metodológicos das pesquisas realizadas sobre Ensino de História, na interface com a Educação e a História. Como resultado desse movimento e do significativo acúmulo de conhecimentos produzidos sobre o ensino de História nos cursos de pós-graduação, constata-se a crescente definição de objetos, fontes, metodologias e diálogos interdisciplinares.
Maiores Informações

Catálogo de jornais agora pode ser consultado pela internet


Já está disponível em nosso site o catálogo de jornais do Arquivo Público do Estado, que possui uma das maiores hemerotecas de São Paulo. Este novo instrumento de pesquisa facilita o acesso ao acervo de jornais, pois permite que os pesquisadores conheçam, pela internet, todos os títulos disponíveis para consulta. Até então, os consulentes utilizavam apenas o catálogo impresso no salão de atendimento da instituição.
Ao todo,    1.368    títulos foram catalogados pelo Núcleo de Hemeroteca e Biblioteca do Arquivo Público. A busca pode ser feita por título, região de SP (capital, bairros ou interior), Cidade, Estado ou País. Uma das novidades deste catálogo é a “consulta detalhada”, que informa quais datas do jornal desejado podem ser consultadas e quais não constam no acervo. Este recurso já está disponível para quase todos os títulos catalogados. Outra facilidade é que o pesquisador pode consultar os títulos já digitalizados diretamente do próprio catálogo.
A consulta aos jornais no original ou em microfilme é feita no próprio Arquivo Público, localizado na Av. Cruzeiro do Sul, 1.777 – Próximo a Estação Tietê do Metrô, São Paulo/SP. O atendimento ao público acontece de terça a sábado, das 9h às 17h, sendo 16h o horário-limite para solicitação de materiais.

FELIZ NATAL A TODOS!

É o que a equipe Topblog deseja a todos os Blogueiros do Brasil.

Google para Historiadores

Empresa americana lança aplicativo que promete conquistar historiadores e pesquisadores de ciências humanas em geral. O que ele faz? Permite traçar tendências culturais e políticas nos últimos duzentos anos.
O Google Labs, inovadora seção de aplicativos protótipos do Google, lançou no último dia 16 de dezembro o "Google Books Ngram Viewer", uma ferramenta elegante e que pode em breve se tornar um verdadeiro aliado para pesquisadores, professores ou mesmo estudantes. O "Books Ngram Viewer" utiliza o banco de dados do "Google Books" (sistema de livros digitalizado online para consulta gratuita) para contar quantas vezes um mesmo nome, frase, termo, expressão ou conceito foi utilizado entre 1800 e 2000. Assim, com apenas alguns cliques é possível saber em menos de um segundo a trajetória de uma palavra ao longo de dois séculos de cultura escrita e descobrir um pouco mais sobre as tendências culturais, políticas e sociais de nosso tempo.

Em um primeiro momento, o Books Ngram Viewer (http://ngrams.googlelabs.com/) não chama muito a atenção dos internautas, hoje acostumados às dezenas cores, animações e outras pirotecnias que os grandes sites promovem para conquistar o público. Em sua tela, o internauta precisa preencher apenas três espaços: palavra(s), período e a língua a ser pesquisada. Depois, basta clicar em "Search lot of books". O sistema, então, irá consultar um banco de dados de mais de 500 bilhões de palavras, divididas entre 5 milhões de livros, publicados entre 1800 e 2008 e digitalizados pelo Google nos últimos anos. Essa consulta - que não leva mais do que dois segundos - gera um gráfico no qual é possível observar a evolução (ou involução) de uma palavra ao longo do tempo.

Essa simplicidade arrasadora é o suficiente para oferecer um mar de possibilidade de estudos. Atualmente, é possível consultar bancos de dados de livros em inglês, francês, espanhol, alemão, chinês e russo. Pode-se inserir uma ou mais palavras. Pode-se ainda comparar os resultados de uma palavra dentro do universo de livros em inglês e em chinês ou espanhol. Por exemplo: o grau de incidência da palavra "terrorism" dentro das publicações em inglês é muito diferente desta mesma palavra em outras línguas, mostrando o lugar que esta expressão tem na cultura americana.

Como tudo começou

O "Books Ngram Viewer" nasceu da necessidade de uma pesquisa acadêmica. Em 2004, Jean-Baptiste Michel e Lieberman Aiden, de Harvard, começaram uma pesquisa sobre verbos irregulares no inglês. Eles desejavam determinar quando formas verbais específicas deixaram de ser usadas em detrimento de outras, mais modernas. Na época, esse tipo de pesquisa implicava na leitura, página por página, de milhares de livros. O processo todo lhes custou longos 18 meses. Pouco mais de um ano depois, os acadêmicos de Harvard souberam dos planos do Google para digitalizar todos os livros do mundo, algo que foi parcialmente alcançado com o Google Books, que digitalizoiu 11% dos livros do mundo. Aquele parecia ser o tipo de tecnologia ideal para a pesquisa de Aiden e Michel e provavelmente para outros milhares de pesquisadores em todo o mundo. Assim, os dois entraram em contato com Peter Novig, diretor de pesquisa do Google. Novig logo percebeu a importância daquela idéia para a ciência e deu carta branca para os desenvolvedores. O Books Ngram Viewer é a versão mais acabada desta idéia e utiliza 4% do banco de dados do Google Books. A nova ferramenta foi lançada na última semana e descrita em um artigo intulado "Quantitative Analysis of Culture Using Millions of Digitized Books", publicado  na revista Science (tiny.cc/td0rd). O Google Books Ngram Viewer utiliza um método de modelagem chamado N-gram, que possibilita buscas em sequências de linguagem natural. Para os pesquisadore envolvidos na criação, a ferramente significa a abertura de uma nova abordagem para os estudos culturais. Nos últimos dias, não se fala em outra coisa nos principais círculos das ciências humanas. A sensação é que algo revolucionário está sendo criado.

Historiadores

Para os historiadores, o programa desenvolvido pelo Google é uma ferramenta incrível de auxílio à pesquisa. Como bem se sabe, as palavras não são entidades estáticas, programadas para ter um começo, meio e fim. Mas pelo contrário: são vivas, políticas, sujeitas à ação dos homens em sociedade. E o Books Ngram Viewer mostra muito bem isso. Com ele torna-se possível identificar quais termos são mais sensíveis que outros, desvendar dimensões até então pouco abordadas da memória social e outros processos polítcos e sociais de diversos períodos históricos.

O Café História testou várias combinações. No clássico Brazil x Argentina, na língua inglesa, por exemplo, nós continuamos dando de goleada. O Brasil sempre foi muito mais citado do que o vizinho. No entanto, é curioso observar que tanto o crescimento quanto a queda das referências a ambos seguem o mesmo padrão. A década de 1940 representa o período de maior menção aos dois países, o que pode ser explicado pelo auge da cultua do American Way of Life e sua influência na América do Sul. Confira no gráfico abaixo:

Curioso também notar a trajetória de palavras caras à historiografia. É o caso do termo "holocaust", utilizado para se referir ao extermínio de seis milhões de judeus durante o Terceiro Reich (1933-1945). Segundo o Books Ngram Viewer, a palavra conheceu um verdadeiro boom na década de 1980, o que reforça decisivamente teses acadêmicas já existentes e que apontavam aquela década como um período de consolidação da memória do genocídio nazista. Para os historiadores, a década de 1980 testemunhou uma proliferação de filmes, museus e outros eventos memorialísticos que tiveram um grande impacto na representação do extermínio dos judeus no século pasado, sobretudo na produção de referências bibliográficas.

Esse processamento dos dados, que Lieberman chamou de "culturomics" ("cultorômica", em língua portuguesa), está ao alcance de todos. O site já está no ar, é gratuito e o melhor: pode ser baixado por qualquer usuário e explorado em detalhes, a partir de suas próprias ferramentas de busca. Além do Google e de Harvard, fazem parte da equipe de gerenciamento do Ngram pesquisadores da Enciclopédia Britânica e do Dicionário Americano Heritage. Confira o site sobre a recém-batizada "Culturômica": http://www.culturomics.org/

Enquanto isso, mesmo para os não-acadêmicos, o programa já diverte os meios de comunicação. O jornal OGLOBO fez um contraste entre "women" (mulher) e "man" (homem), descobrindo que o primeiro era raramente mencionado até o início dos anos 1970, momento em que o feminismo ganha força. A partir daquela década as duas linhas do gráfico movem em direções opostas até se encontrarem em 1986. Já o site Read Write Web fez uma série de 10 comparações, que você pode conferir clicandono seguinte link. Destaque para a comparação entre os meios de comunicação:

Não perca tempo. Visite esta importante novidade na internet e faça uso dela para aprimorar suas pesquisas e estudos. A história vem passando por grandes transformações e você não precisa ser um mero espectador.


III Encontro de Novos Pesquisadores em História

O III Encontro de Novos Pesquisadores em História convida os pesquisadores e estudantes da área de história e afins para participar do evento que ocorrerá entre os dias 3 e 6 de maio de 2011, em Salvador BA. Já começamos a receber propostas para a realização de oficinas e mini-cursos e apresentação de comunicações individuais em mesas temáticas. Se você faz especialização, mestrado ou doutorado ou participa de programas de iniciação científica em História em instituições de ensino e pesquisa, nos envie a sua.  Ela deve estar de acordo com as especificações disponíveis em http://novospesquisadores2011.blogspot.com/
e ser enviada para novospesquisadores2011@gmail.com  entre 28 de dezembro e 1 de fevereiro de 2011.

Qualquer dúvida, sinta-se livre para nos enviar um e-mail.
Cordialmente, Comissão Organizadora: David Barbuda; Iane Cunha; Leonardo Coutinho; Maria Ferraz; Mariana Seixas; Roberto Zahluth.
III Encontro de Novos Pesquisadores em História
De 03 a 06 de Abril de 2011, em Salvador - BA

O Núcleo de Ação Educativa do Arquivo Público do Estado de São Paulo apresenta a exposição virtual “A Revolta da Chibata”, que busca lançar um olhar sobre o contexto histórico do período, os motivos que a deflagraram e os seus desdobramentos.
A Revolta dos Marinheiros, como era conhecida nos periódicos de 1910 e na historiografia brasileira, passou a ser chamada Revolta da Chibata somente em 1958, ano em que o jornalista e escritor Edmar Morel, estudioso da temática, publicou a sua obra sobre o assunto, consagrando o termo.
A exposição é composta por nove “salas”, as quais resgatam aspectos da história da Revolta da Chibata. As “salas” tratam de subtemas relacionados aos ideais republicanos, aos dias da Revolta e à cidade do Rio de Janeiro, à cobertura jornalística e sua influência, ao desfecho do movimento, entre outros.
Nessa exposição também é apresentada a história de um dos “protagonistas” da Revolta, o marinheiro João Cândido. Porém, não se pode deixar de ressaltar que esse episódio contou com a participação de outros marinheiros que, também descontentes com sua situação dentro da Marinha, aderiram à causa.  
Neste ano em que se completa o centenário da Revolta, o Núcleo de Ação Educativa busca reavivar a discussão sobre as questões dos direitos de cidadania que a Constituição Brasileira assegura, e também lançar um olhar sobre as permanências e rupturas que o processo histórico permite. Desta forma, tem como propósito compartilhar essa discussão com professores, alunos, pesquisadores e demais interessados.
Além da exposição, são disponibilizadas algumas propostas de atividades pedagógicas para serem trabalhadas em aulas de História e uma seleção de fontes sobre essa temática.

"Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça"

Glauber Rocha

Ministério da Cultura investe R$ 3 milhões para adquirir o acervo do cineasta baiano.
O ministro da Cultura, Juca Ferreira, vai anunciar oficialmente na segunda-feira, 20 de dezembro, às 20h, no Espaço Unibanco de Cinema Glauber Rocha (Praça Castro Alves, s/n, Centro), em Salvador, a aquisição do Acervo de Glauber Rocha pelo Ministério da Cultura. O secretário de Cultura da Bahia, Márcio Meirelles, também estará presente.
Na ocasião, haverá a exibição do primeiro filme do criador do Cinema Novo, Leão de Sete Cabeças,  gravado fora do Brasil e totalmente restaurado. O filme, que nunca havia sido exibido nos cinemas do País, expõe o colonialismo europeu sobre a África e as tentativas do povo nativo em se libertar desse domínio.
Para o ministro Juca Ferreira, “Glauber Rocha sempre repercutirá na Cultura brasileira exatamente pela transcendência da sua obra filmográfica. Glauber não se traduz em reduções simplórias. Não se explica em dois minutos. Não se define exatamente pelo seu permanente estado de combustão criativa nessa militância apaixonada.”
Ainda durante a sessão será anunciado o lançamento do DVD duplo do filme, que terá distribuição posterior entre as instituições participantes do projeto, cineclubes e faculdades de cinema.
Acervo
No conjunto estão os 22 filmes feitos por Glauber, além de 80 mil documentos, que incluem sua correspondência pessoal, roteiros de filmes, peças de teatro, poemas e romances. Deste total, 223 roteiros e projetos de livro permanecem inéditos. O investimento do Ministério da Cultura na compra do acervo foi de R$ 3 milhões.
“A família tem plena noção da importância de Glauber para a Cultura brasileira, e nós temos condições melhores para preservar este material”, afirma o ministro.
A compra do acervo faz parte de uma política maior de aquisição de obras do cinema brasileiro por parte do ministério, que vai disponibilizá-los ao público na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. “Boa parte da memória do cinema nacional se perdeu, porque a preservação sempre foi precária. E, hoje, na Cinemateca, temos os melhores equipamentos do mundo para isto”, diz o ministro.

A cópia original do filme Leão de Sete Cabeças foi entregue à Cinemateca Brasileira – instituição vinculada ao Ministério da Cultura -, em 2009, após permanecer mais de 30 anos na Cineteca Nazionale di Roma, na Itália. O processo de restauração permitiu a confecção de uma nova matriz em alta definição e um novo negativo em 35mm. A versão original do áudio em vários idiomas foi recuperada a partir de uma única cópia em 35mm, que estava em avançado estado de deterioração, e de fitas Umatic.
A restauração da obra faz parte da segunda fase do projeto Coleção Glauber Rocha, que já restaurou: Barravento, Terra em Transe, O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro e A Idade da Terra. Os filmes Cabeças Cortadas, Claro, Câncer e História do Brasil também serão restaurados na fase atual do projeto.
Informações: (61) 2024-2407 ou 2401, na Comunicação Social/Minc.

Peter Burke analisa a história cultural das línguas e suas funções sociais

A linguagem como indicador sensível da mudança cultural: esse é o tema dos ensaios presentes em Linguagens e comunidades nos primórdios da Europa Moderna, de Peter Burke, renomado historiógrafo contemporâneo que, nesta publicação da Editora Unesp, elabora um panorama sobre assuntos centrais na história das línguas europeias desde o século XV até o fim do século XVIII.

Da invenção de Gutenberg até a Revolução Francesa, o autor tem como objetivo mostrar as relações entre as línguas e as comunidades – entendendo comunidades como grupos que podem ser tão grandes quanto um país ou tão pequenos como uma família, desde que a variedade linguística possa ser compreendida como uma unidade de interpretação – levando em conta também seus impactos na política e suas funções sociais.

Inspirado por uma série de palestras correlacionadas, esse livro não se caracteriza por um levantamento geral e, sim, pela reunião de questões específicas acerca desse tema, a exemplo dos processos de padronização, mistura e purificação de línguas. A obra inclui um panorama cronológico que vai desde 1450 até 1794 apontando as datas dos primeiros livros impressos em diferentes línguas e destacando alguns dos títulos que mais tarde se tornariam referência nos estudos linguísticos.

Discute-se ao longo dessa publicação a construção cultural da língua e seu exercício na expressão das relações comunitárias de cada época, incluindo dominância e subordinação, tolerância e preconceito, amizade e fraternidade, manutenção ou subversão de uma determinada ordem social, investigando-se suas misturas e apropriações como reflexo de diferentes tipos de liderança.

Sobre o autor – Peter Burke é professor de História Cultural aposentado da Universidade de Cambridge e membro vitalício do Emmanuel College. Entre suas publicações estão História e teoria social (2002), A escola dos Annales (1929-1989): a Revolução Francesa da historiografia (2003) e A tradução cultural: nos primórdios da Europa Moderna (2009), todos eles lançados no Brasil pela Editora Unesp.

Título: Linguagens e comunidades nos primórdios da Europa Moderna
Autor: Peter Burke
Tradutora: Cristina Yamagami
Número de páginas: 230
Formato: 16 x 23 cm
Preço: R$ 40
ISBN: 978-85-393-0031-0

Os livros da Fundação Editora da Unesp podem ser adquiridos pelo telefone (11) 3107-2623 ou pelos sites: www.editoraunesp.com.br ou www.livrariaunesp.com.br

Uma Mensagem Secular de Fim de Ano

Isis e Horus, Maria e Jesus: mitologia comparada.
Autores: Pedro Almeida, Eli Vieira e Alexandre Marcati
 
Há mais de cinco mil anos, muito antes de um homem em especial ter nascido no oriente médio, o fim de dezembro é comemorado como um rito de passagem e renascimento por povos em todo o mundo. O solstício de inverno, no norte, era celebrado há milênios pelas mais diferentes tribos, nações, culturas e religiões que a diversidade da natureza humana já produziu. Uma festa que sempre uniu famílias, amigos e afetos, e tem sido comemorada desde a alvorada da civilização no Velho Mundo, para nos lembrar que, mais uma vez, o ano se finda e tivemos a oportunidade de aproveitá-lo da melhor forma que nos é possível. Seja nas comemorações pagãs do renascimento das divindades solares – Mitra para os hindus, Horus para os egípcios, Sol Invictus para os romanos, entre outros – ou nas manifestações que representavam a iluminação de Buda pela passagem do solstício, ou até mesmo na adaptação cristã mais recente para a data, o Natal de 25 de dezembro, o fim de ano é uma data que conjuga uma imensa bagagem não somente histórica, mas também humana.

É hora de repensar o futuro que queremos e planejamos, tomando como condição de contorno o passado, o ano que termina; de pesar positivos e negativos, recolher-se à admiração do fenômeno que é a vida e celebrar que o mundo de hoje é melhor que o mundo de ontem, ou, se não for, que pelo menos tentamos fazê-lo desta forma, e não desistiremos disto, pois é da natureza humana evoluir. Por isto, considere o que há de bom e o que há de ruim na sua vida. Reconheça que as coisas boas são fruto de trabalho e dedicação e que as coisas ruins podem, sim, ser melhoradas, principalmente com mais trabalho e dedicação. Lembre-se de que errou, mas que também acertou, e que se arrependeu dos erros. Trabalhe para que os erros sejam corrigidos, e não lamentados. Pratique a empatia: ponha-se no lugar do próximo, e não faça aos outros aquilo que não quer para si. Seja solidário e gentil, companheiro e compreensivo. Perdoe os erros, quando honestamente reconhecidos.

Seja tolerante: aprenda a compartilhar as igualdades com alegria, mas também a respeitar e celebrar as diferenças inerentes dos seres humanos, que tornam cada um de nós único e insubstituível. Questione o senso comum, diariamente: das tradições, superstições e ideias mais tenazes aos preconceitos mais arraigados, estando disposto a se levantar contra as incoerências e injustiças. Crie ideias próprias, lógicas, saudáveis e coerentes. Mas esteja também aberto a discordarem de você, valorizando a discussão, e não o conflito. Aplique a racionalidade, a faculdade que mais lhe diferencia dos demais animais, para tomar as atitudes e posições mais sensatas, e não aquelas baseadas única e exclusivamente em dogmas e premissas imutáveis. Modele sua visão do mundo de acordo com os fatos, e não os fatos de acordo com sua visão de mundo. Não deixe lugar para o egoísmo e mesquinharia intelectual. Há males terrenos piores que qualquer danação eterna, pois prejudicam seu próximo, aqui e agora. Antes de sair pedindo por vida nova, prometa a si mesmo mudanças para melhorar o mundo em que vivemos e busque a convivência pacífica entre os seres, humanos ou não. Respeite não somente o próximo, mas a Natureza, pois dela viemos e a ela retornaremos.

Aprenda a conviver com a incerteza e a dúvida saudável. Pergunte-se se verdades e respostas absolutas são mesmo o caminho para achar sentido na vida. Nada de sobrenatural daria à sua vida um sentido mais amplo e concreto do que o significado que você mesmo dá a ela, em todos os dias em que realiza algo que lhe dá prazer ou em que compartilha momentos com quem ama. Aproveite cada momento como o último, responsavelmente, pois nada lhe garante que exista algo além do que temos aqui. Descubra que seus credos são pontos de vista dignos de espaço tanto quanto os credos de outrem, ou mesmo tanto quanto a descrença. Portanto, neste Natal, não importa no que você acredita, acredite em ligar para aquele velho amigo; acredite na boa vontade independente de crenças; acredite em não descer ao nível daqueles que quer ver punidos; acredite na cooperação por um futuro melhor; acredite no amor em qualquer uma de suas formas. E acredite na liberdade de acreditar, porque somente tendo livre acesso a qualquer tipo de crença é que você terá a oportunidade de escolher, dentre todas as possíveis, aquelas que trarão soluções para a sua vida e a vida de seus semelhantes – pazes e amores, e que sejam os melhores possíveis.

Publicações promovem a leitura e a memória da Bahia

Palácio Rio Branco sediará dois lançamentos na próxima quarta-feira, 22/12
No dia 22 de dezembro, a Fundação Pedro Calmon/SecultBA realizará dois importantes lançamentos no Palácio Rio Branco (Praça Municipal) que marcam iniciativas do órgão para a promoção do livro e da leitura. Às 16h, será lançado o CD Guia das Bibliotecas Públicas do Estado da Bahia, com informações sobre as 425 unidades espalhadas por todo o território baiano. O Guia celebra uma importante conquista da Bahia: em 2010 foi zerado o número de municípios sem bibliotecas públicas, fruto da parceria entre o Governo do Estado, o Ministério da Cultura e prefeituras municipais. Já às 18h, no mesmo local, será o lançamento do primeiro volume da publicação intitulado Octávio Mangabeira – Cartas do 1º Exílio.

A publicação traz 203 cartas, do período entre 1930 e 1932, selecionadas do rico acervo sobre ex-governador do Estado reunido pelo Centro de Memória da Bahia. Ao todo são 17.548 documentos sobre Octávio Mangabeira, entre textos e fotografias, já totalmente digitalizados que serão publicados em diferentes volumes. A organização deste rico material foi possível a partir da doação feita por Maria Helena Pinho Gama, filha de Euvaldo Pinho, cunhado de Mangabeira e um dos mais ativos missivistas nessa correspondência com Octávio Mangabeira, durante o seu exílio na Europa.
ACESSE:

EDUARDO CARIGÉ

Filho de Manuel Carigé Baraúna e Emília Augusta Carigé Baraúna, Eduardo Carigé tinha 36 anos, era casado, e em 1887 morava com a família às portas do Carmo, no sobrado n.° 08, 2°andar, no atual Pelourinho, no centro de Salvador. Segundo suas próprias declarações, “vivia de imprensa”, mais especificamente das reportagens que fazia para a Gazeta da Tarde, órgão abolicionista de propriedade de Pamphilo de Santa Cruz. Nas páginas desse periódico, sob o pseudônimo de Martilius, ele escreveu as Cartas ao Imperador. Considerado pelos coevos como o principal líder abolicionista baiano, Carigé era sem dúvida a personagem mais ativa da Sociedade Libertadora Bahiana, da qual se intitulava “procurador”. E foi nesta condição que ele agenciou não só a moção de centenas de ações de liberdade como também peitou de frente poderosas famílias baianas para defender os interesses dos escravos.
Atuando na capital e no Recôncavo, esta organização mostrou-se, contudo, muito mais combativa devido à enérgica atuação de seus membros e sobretudo às estratégias utilizadas, como a promoção de fugas, o acoitamento de escravos e, acima de tudo, o estímulo à promoção de ações de liberdade na justiça. Além dos nomes já citados, entre os seus membros também estavam o jornalista Pamphilo Santa Cruz, redator do jornal abolicionista Gazeta da Tarde, o advogado Frederico Lisboa, o sapateiro Manuel Roque, o major Francisco Pires de Carvalho, dentre outros.
Texto de Ricardo Tadeu Caires Silva, disponível em: 
Acesse o Processo de Eduardo Carigé em nossa sessão de Documentos

Que tal ajudar o meio ambiente e o Zoológico de Salvador da próxima vez que você beber uma garrafa de água mineral ou de refrigerante?

Quatro postos SAC em Salvador integram os pontos de coleta da campanha “Catazoo”, que tem como meta arrecadar dois milhões de tampinhas de garrafas pet para construção de filtros naturais no Parque Zoobotânico Getúlio Vargas, no bairro de Ondina, em Salvador. A iniciativa da campanha é de um grupo de estudantes de Relações Públicas da Uneb em parceria com o Jardim Zoológico.
As doações podem ser feitas nas unidades do SAC Comércio, Barra, Iguatemi e Salvador Shopping, a partir de terça-feira (16), quando começa a primeira etapa da campanha. As tampinhas vão ajudar na reutilização de mais de 200 mil litros de água durante seis meses, volume consumido anteriormente em 15 dias.
No sistema de filtragem, criado pelo coordenador do Zoológico de Salvador, Gerson Norberto, “as tampinhas funcionam como um depósito de bactérias anaeróbicas que digerem as partículas de matéria orgânica que passam pela peneira na primeira fase da filtragem". Segundo Gerson, as tampinhas foram escolhidas em substituição a um material plástico fabricado nos Estados Unidos que custa U$ 1,50 cada, tornando o projeto ecologicamente viável e de baixo custo.
Todo cidadão que buscar atendimento em um dos postos SAC parceiros da iniciativa poderá colaborar com o projeto. Basta depositar as tampinhas nos locais de coleta, localizados ao lado da recepção. São também pontos de coleta: o Zoológico de Salvador, em Ondina, as secretarias estaduais da Administração (Saeb) e do Meio Ambiente (Sema), além da Escola Lápis de Cor, localizada na Pituba.

PEREGUN E OUTRAS FÀBULAS DA MINHA TERRA

Covidamos a todos para o lançamento do CD PEREGUN E OUTRAS FÀBULAS DA MINHA TERRA, de Félix Ayoh' Omidire e família, com arranjos musicais e produção de J. Velloso e a participação dos alabés do Gantois. Além de coquetel, haverá apresentação de algumas das músicas do CD. O livro que acompanha o CD, em português e iorubá, já lançado em 2006, estará disponível também.
 DATA: Quarta-feira, 22 de dezembro
LOCAL: CEAO, Praça Inocêncio Galvão, 42, Largo 2 de Julho
HORÁRIO: 17.30
 

ELIO GASPARI - A história do andar de baixo sobreviveu

Aos 45 minutos do segundo tempo salvaram-se os arquivos com a memória dos litígios do povo 
FALTOU POUCO para que o Senado determinasse a destruição da história do andar de baixo nacional. No projeto do novo Código de Processo Civil aprovado na noite de quarta-feira, o artigo 1.005 mandava à "reciclagem" (versão light da fogueira) os processos arquivados há mais de cinco anos. Numa negociação de última hora, o artigo foi mandado ao lixo. O texto seguiu para a Câmara, e é provável que os presidentes de Tribunais de Justiça interessados em se livrar do papelório ressuscitem o lance.
Nesses processos estão os litígios dos anônimos. Durante sua Presidência, José Sarney sancionou uma lei que mandou incinerar velhos processos trabalhistas. Entre eles estava o caso de um operário pernambucano que, em 1959, perdeu o dedo mínimo da mão esquerda numa prensa. Queimaram o processo da mutilação de Lula.
O instinto destruidor tem um argumento: os tribunais guardam cerca de 80 milhões de processos e é um sufoco preservá-los. Falou-se em microfilmá-los, mas, à parte o risco de criar uma Vara de Preservação de Papéis, o serviço custaria em torno de R$ 2,5 bilhões.
O dilema não é queimar ou microfilmar, mas destruir ou não destruir. Ele já foi resolvido pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que guarda, em boas condições, 10 milhões de processos.
A história do andar de cima está na imprensa, nos debates parlamentares e nas atas do Copom. A da choldra, quando muito, em processos e inquéritos policiais.
Um exemplo: acaba de sair o livro "O Alufá Rufino", dos historiadores João José Reis, Flávio dos Santos Gomes e Marcus de Carvalho.
Conta a história do negro Rufino José Maria, um nagô muçulmano liberto, preso no Recife em setembro de 1853 sob a suspeita de estar metido num projeto de revolta de pretos. Nada descobriram, além da história de sua vida. Rufino viu-se escravizado no Benin, chegou à Bahia com 17 anos, foi cozinheiro de três senhores, comprou sua alforria e trabalhou como tripulante de navios negreiros. A partir de sete páginas do depoimento de Rufino, os três historiadores retrataram a vida do Rio, do Recife e do Atlântico do tráfico de escravos.
Não há como selecionar processos ou criar amostragens. Ou se guarda ou se perde.

Iº Festival de Cinema Baiano


O 1º Festival de Cinema Baiano, que vai acontecer entre os dias 9 e 13 de janeiro em Ilhéus tem inscrições abertas até o dia 20 deste mês. No evento, serão exibidos 20 curtas-metragens e ministradas oficinas gratuitas de Roteiro, Produção e Direção de Arte. As inscrições podem ser feitas para a mostra de curtas-metragens e para as oficinas.  
 (Click na imagem para ampliá-la)
Inscrições de curtas-metragens e participação em oficinas até 20/12
Acesse nossa sessão de vídeos. 

PÓLVORA E POESIA


Está em cartaz no Espaço Cultural Barroquinha, o novo espetáculo de Fernando Guerreiro. “Pólvora e Poesia” mostra o conflito entre a razão e a paixão de dois poetas franceses. Arthur vivia a boemia e tinha uma vida completamente desregrada no interior e começa a se comunicar com Paul, demonstrando grande talento como escritor. Paul reconhece este talento e o convida para morar em sua casa, em Paris e os dois vivem uma paixão explosiva que altera os rumos de suas vidas. Em cartaz em curta temporada.
Espaço Cultural Barroquinha – Praça Castro Alves
Sextas e Sábados às 20h; Domingos às 19h
Em cartaz até 19/12
Ingressos: R$20 (inteira) e R$10 (meia)

Oi Kabum! promove novos olhares sobre as festas populares de Salvador

Com o intuito de perpetuar para as novas gerações as 17 manifestações religiosas de Salvador, os jovens da Escola Oi Kabum!  promovem a exposição multimídia Festas Populares de Salvador que entra em cartaz, hoje, dia 09 de dezembro, no Palácio Rio Branco, Pelourinho.
Na exposição, as festas populares são apresentadas, e reinventadas, através do uso de linguagens e suportes contemporâneos, numa montagem que propõe a interatividade. Videoinstalações exibe as fotografias, imagens em vídeo e animações criadas pelos jovens da Kabum! Novos Produtores em projeções que serão acionadas por sensores, estimulando a participação do visitante.
Ao trazer à tona o universo simbólico/histórico dessas manifestações, que também são conhecidas como “Festas de Largo” e representam uma marca da cidade de Salvador (apesar das transformações que vêm sofrendo com o passar do tempo), Festas Populares de Salvador pretende colaborar para a compreensão das raízes e do processo de construção da identidade cultural baiana.
De dezembro de 2009 a setembro de 2010, o projeto registrou as histórias e acompanhou os personagens que mantém vivas estas celebrações, que juntas compõem um intenso calendário de festas iniciado por Santa Bárbara, passando, entre outros eventos, pela Conceição da Praia, Santa Luzia, Boa Viagem, Lapinha, Bonfim, Ribeira, São Lázaro, Iemanjá, pelo Carnaval – com a saída dos afoxés e blocos afro como o Ilê Aiyê, Filhos de Gandhi e Olodum -, até chegar aos festejos juninos, depois ao Cortejo de 2 de Julho, à São Roque e, por fim, à Cosme e Damião.
                                                        Jovens na Escola Oi Kabum! - Foto: Elias Nunes
Além da exposição, o projeto contempla ainda a elaboração de uma Coletânea Multimídia, que contém um vídeodocumentário de 52 minutos e um fotoclipe, acompanhados por três Almanaques Temáticos e um Guia do Educador. Este material será disponibilizado para escolas e bibliotecas públicas e projetos sociais, após a realização de oficinas que serão ministradas pelos próprios jovens, visando capacitar professores e educadores para a utilização do material em suas aulas. A coordenação da pesquisa e a elaboração dos textos dos Almanaques ficaram a cargo do historiador Frede Abreu.
O núcleo de produção Kabum! Novos Produtores é um programa do Oi Futuro em parceria com a organização não-governamental CIPÓ – Comunicação Interativa. O desenvolvimento do projeto Festas Populares de Salvador contou com aportes captados por leis de incentivo ao patrocínio cultural a níveis federal e estadual. Através da Lei Rouanet do Ministério da Cultura – MinC teve patrocínio das empresas Avon Cosméticos e RIP Serviços Industriais. Pela aprovação no Programa Oi de Patrocínios Culturais Incentivados, o aporte aconteceu através do programa FAZCULTURA das Secretarias da Cultura e da Fazenda do Estado da Bahia.
Mais informações e registro do projeto: www.festaspopularesdesalvador.blogspot.com/

Corumbiara no Circuito Sala da Arte

O premiado documentário de Vicent Carelli remonta uma história ocorrida há mais de duas décadas. Na época, uma comunidade indígena foi praticamente extinta e o indigenista Marcelo Santos denunciou o crime. Agora, passados 25 anos, o diretor procura testemunhas e refaz a história do crime bárbaro, que abalou a Gleba Indígena de Corumbiara em Rondônia. Vencedor do prêmio de Melhor Filme eleito por Júri Popular no Festival de Gramado 2009. Diariamente às  13:25 e 17:10
ASSISTA TRAILER EM NOSSA SESSÃO DE VÍDEOS 
ACESSE: http://www.saladearte.art.br/

PARA ALÉM DOS NÚMEROS

Por Alex Sander Alcântara

Agência FAPESP – É comum ouvir que haveria uma menor produtividade na pesquisa em ciências humanas em relação a outras áreas do conhecimento. Ou que a pesquisa feita em humanidades no Brasil não teria a penetração internacional das demais áreas.
Para debater pontos como esses, pesquisadores se reuniram no 1º Fórum de Ciências Humanas, promovido pela Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade Estadual Paulista (Unesp) no fim de novembro. Os participantes analisaram eventuais entraves da pesquisa em humanas, como a falta de uma metodologia apropriada para medir a produção e a necessidade de projetos mais ousados na área.
Segundo os cientistas presentes, não se pode dizer que a produtividade nas humanidades seja menor do que as das demais áreas a partir de critérios meramente quantitativos.
Para o professor Luiz Henrique Lopes dos Santos, do Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP), essa discussão tem se pautado na maior parte das vezes em análises superficiais de números.
“O mito da baixa produtividade está ancorado em uma leitura simplista dos dados, que ignora as especificidades de cada área. A questão é saber o que significa cada número em cada área e, por vezes, em cada linha de pesquisa”, disse à Agência FAPESP.
Segundo o pesquisador, que apresentou dados sobre a produção de artigos científicos nos últimos anos, em muitas áreas a pesquisa é realizada em grupo e resulta em trabalhos de coautoria, o que não ocorre com frequência nas humanidades.
“A publicação de livros nas humanidades, por exemplo, é superior à de muitas áreas. Em um cálculo grosseiro, podemos dizer que um livro equivaleria a seis artigos. O problema é que um livro ou um artigo tem o mesmo peso de cálculo se forem citados em outras publicações”, disse Lopes dos Santos, que integra o quadro de Coordenadores Adjuntos da FAPESP.
Mariana Broens, professora de Filosofia da Unesp de Marília, também destacou a importância de se desenvolver pesquisas em conjunto em ciências humanas e questionou a forma como a pesquisa costuma ser feita. “Será que o modelo de produção solitária, individual e contemplativa pode responder aos desafios da contemporaneidade?”, indagou.
Internacionalização da pesquisa
Outro ponto considerado delicado pelos participantes do fórum, para a maioria das áreas em humanidades, foi a questão da internacionalização da pesquisa. “Em muitas áreas, a agenda interessante de pesquisa para o Brasil pode não coincidir com a pauta internacional dominante, mas pode coincidir com as agendas regionais”, disse Lopes dos Santos.
O pesquisador também destacou especificidades da produção em ciências humanas. Escrever em português, e não em inglês, por exemplo, pode ser visto como um entrave. Mas a forma do discurso nas humanidades não seria apenas um meio de transmitir um conteúdo, e sim um elemento constituinte da própria área.
“Em certas áreas, tem-se um discurso enxuto, recheado de termos técnicos. Nas humanidades, a qualidade do texto é inseparável do conteúdo. É muito difícil que alguém que não tenha o inglês como sua primeira língua escreva com a desenvoltura ideal para usar todos os recursos expressivos da filosofia e da literatura, por exemplo”, disse.
Lopes dos Santos buscou também desmistificar a ideia de que as humanidades são preteridas pelas agências de fomento à pesquisa. Citou dados dos Estados Unidos, onde o setor recebe 9% de todo o investimento anual em pesquisa. Na FAPESP, o percentual para esse segmento é de cerca de 11%. “E em geral os projetos em humanidades têm custo menor, porque não demandam aquisições de equipamentos caros”, ressaltou.
Entretanto, tem havido poucas solicitações de financiamento para projetos de pesquisa de médio e grande porte para as humanas. “Há espaço para projetos mais arrojados, principalmente em pesquisa aplicada em políticas públicas. Mas noto uma certa timidez dos pesquisadores em propor pesquisas mais ambiciosas”, disse.
“Ousadia é a palavra que a área de humanas precisa perseguir com mais afinco”, corroborou Maria José Giannini, pró-reitora de Pesquisa da Unesp. Segundo ela, é necessário reunir competências de diferentes unidades e instituições de pesquisa.
“Um caminho para isso seria divulgar mais os projetos, buscar contatos e parcerias e utilizar melhor as ferramentas de apoio que cada instituição oferece”, disse a também conselheira da FAPESP. 

IPAC disponibiliza livros gratuitamente na internet

De importância fundamental para a memória e a difusão de bens culturais imateriais do estado, cinco publicações do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC) sobre patrimônios intangíveis da Bahia já estão disponíveis para download gratuito.
Lá estão, na íntegra, os livros sobre a Festa de Santa Bárbara e o Desfile dos Afoxés, manifestações culturais que ocorrem em Salvador, o Carnaval de Maragojipe na cidade de mesmo nome, no Recôncavo baiano, a Festa da Boa Morte em Cachoeira, e o Pano da Costa que, segundo historiadores, foi o principal produto africano exportado e consumido na Bahia nos séculos 18 e 19. Ao acessar o site do IPAC, os interessados devem procurar o link downloads, que fica na barra superior da página principal do site oficial do instituto, buscar a sessão Cadernos do IPAC e escolher quais dos livros deseja. Os arquivos são obtidos em PDF (Portable Document Format) e podem ser salvos em qualquer microcomputador ou pen-drive.
Segundo o assessor de comunicação do IPAC, Geraldo Moniz, a iniciativa acontece graças à parceria da Gerência de Pesquisa e Legislação (Gepel) do instituto, que elaborou os livros com a Fundação Pedro Calmon, e o Núcleo de Informática da autarquia que gerencia o site. “As versões digitais dos livros atendem as diretrizes da SecultBA e orientações da diretoria geral do IPAC para disponibilização pública gratuita dos produtos e conteúdos científicos do instituto na internet”, diz Moniz. Os livros reúnem trabalhos desenvolvidos pelas equipes multidisciplinares do IPAC, artigos inéditos, além de trechos dos dossiês que possibilitaram o registro oficial de bens intangíveis como Patrimônios Culturais Imateriais. As cinco publicações já foram lançadas no formato impresso em 2010. Pano da Costa em abril, Carnaval de Maragojipe, Festa da Boa Morte e Desfile dos Afoxés em novembro, e Festa de Santa Bárbara em 4 de dezembro.
As versões impressas variam de 90 a 120 páginas, cerca de 20 ilustrações e fotografias em cada exemplar que tem formato de 21 por 29,7 centímetros, fechado. “A distribuição dos livros impressos está sob coordenação do gabinete do IPAC, através do endereço eletrônico ouvidoria.ipac@ipac.ba.gov.br

, alerta Moniz. Três dos Cadernos do IPAC, o Desfile dos Afoxés, Festa da Boa Morte e Carnaval do Maragojipe, são complementados com documentários em DVD, que se encontram colados nas contracapas de cada exemplar das publicações. Os documentários foram produzidos com apoio do Instituto de Radiodifusão da Bahia – Irdeb, através da TV Educativa.
Para elaboração dos dossiês que permitem o registro de Patrimônios Imateriais da Bahia, o IPAC disponibiliza equipes formadas por historiadores, sociólogos, antropólogos, fotógrafos e museólogos, entre outros profissionais, que realizam coleta de documentos e fotos, entrevistas e pesquisas. Ao final, são analisados os dados e elaboradas justificativas, fazendo com que todo o material passe a integrar o dossiê. O IPAC deve realizar ainda estudos sobre o Ofício dos Vaqueiros, Ofício dos Mestres Organistas e sobre a Festa do Bembé em Santo Amaro da Purificação. Todos devem ganhar publicações exclusivas e vídeodocumentários.
BEM IMATERIAL - A distinção de imaterial ou intangível começou a ser utilizada a partir de 1997 pela Organização das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura (Unesco). Modos de fazer, ofícios tradicionais, celebrações, festas, danças e outras manifestações são exemplos de bens imateriais. O patrimônio imaterial abrange tradições que determinado grupo pratica e deseja preservar em respeito à ancestralidade, à importância do ato e com objetivo de resguardá-las. Com o registro oficial, esses patrimônios imateriais passam a ter prioridade nos programas e linhas de financiamento cultural municipais, federais e até internacionais. Os estudos para o registro de um bem imaterial podem durar de seis meses até dois anos, a depender do tema pesquisado. O dossiê deve provar, através de reconstituição histórica, com registros documentais, imagéticos e depoimentos, que é um bem a ser considerado Patrimônio do Estado e não somente de uma localidade. As prefeituras são responsáveis por patrimônios de relevância municipal e o governo estadual por bens de representatividade para a Bahia, enquanto o governo federal fica com a tutela dos bens de proeminência nacional. Mais informações são obtidas no site www.ipac.ba.gov.br ou na Gepel/IPAC via telefone (71) 3116-6741.

Vão das Letras fechará o ano com música e poesia

                                                                   Grupo Viola de Arame
A última edição da Feira de Livros Vão das Letras de 2010, promovida pelo Núcleo do Livro, Leitura e Literatura da Fundação Pedro Calmon/SecultBa, em parceria com o Teatro Castro Alves e a Câmara Bahiana do Livro (CBaL), ocorrerá no dia 19 de dezembro, das 12h30, às 18h, no Vão Livre do TCA (Campo Grande). O evento trará uma variedade de livros com preços especiais de final de ano, além de uma programação cultural, voltada para a promoção da música, do livro e de autores baianos.



Fundação Pedro Calmon lançará Edital para seleção de agentes de leitura

A Secretaria de Cultura da Bahia, através da Fundação Pedro Calmon, em parceria com o Programa Mais Cultura, do Ministério da Cultura - MinC, lançará no próximo dia 10 de dezembro, o edital para formação de agentes de leitura, que atuarão em Salvador e mais 47 municípios baianos. O edital selecionará 572 jovens, com idade entre 18 e 29 anos, com ensino médio completo, para atuarem na democratização do acesso ao livro, por meio de visitas domiciliares, empréstimos de livros, rodas de leitura, contação de histórias, criação de clubes de leitura e saraus literários abertos para as comunidades.

As inscrições serão gratuitas e encerram-se em 31 de janeiro de 2011. 
Informações completas no link: http://www.fpc.ba.gov.br/node/1031

Edital nº 29/2010 - Educação Científica

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SEU LUNGA

Seu Lunga é o cabra mais ignorante do mundo. Ele não tem muita paciência com nada. Pergunta idiota é tolerância zero! Aqui no Nordeste, sua fama se espalha devido a histórias como essas: 
"Seu" Lunga descansava na rede. Manda o sobrinho trazer-lhe um pouco de leite.
O garoto pergunta :
- No copo ?
Ele responde :
- Não. Bota no chão e vem empurrando com o rodo, fí duma égua !!!
 O funcionário do banco veio avisar
- "Seu" Lunga, a promissória venceu.
- Meu filho, pra mim podia ter perdido ou empatado.

"Seu Lunga", no elevador (no subsolo-garagem). Alguém pergunta :
- Sobe ?
Ele :
- Não, esse elevador anda de lado.
  "Seu" Lunga vai saindo da farmácia, quando alguém pergunta :
- Tá doente ?
- Quer dizer que se eu fosse saindo do cemitério, eu tava morto ?
  
O amigo de "seu" Lunga o cumprimenta :
- Olá, tá sumido ! Por onde tem andado ?
- Pelo chão, não aprendi a voar ainda...


“Seu" Lunga chega num bar e fala pro atendente :
- Traz uma cerveja e bota o disco de Luiz Gonzaga pra eu ouvir !
- Desculpe, "seu" Lunga, não posso botar música hoje...
- Mas por que ?
- Meu avô morreu !
- E ele levou os discos, foi ?

Durante a madrugada, a mulher do "seu" Lunga passa mal :
- Lunga ! Ta me dando uma coisa...
- Receba !
- Mas é uma coisa ruim !
- Então devolva !
 "Seu" Lunga entrando em uma loja agropecuária.
-Tem veneno pra rato ?
-Tem ! Vai levar ? - pergunta o balconista.
-Não, vou trazer os ratos pra comer aqui !
  
A mulher vai ao armazem de seu Lunga e pergunta: 
-Seu Lunga, tem remédio pra piolho? 
-A senhora quer em gota ou em comprimido? 
- Como assim seu Lunga?
-Se for em gota, a senhora aperta o danado e pinga guela a baixo
-Se for em comprimido faz galinha gorda!
-E só vendo com receita! 

ACESSE: http://culturanordestina.blogspot.com/2007/09/piadas-de-causos-de-seu-lunga.html